Uma tentativa de homenagear o ditador chileno Augusto Pinochet na Alesp, no final do mês passado, provocou grande polêmica. Na última semana, os setores da esquerda decidiram responder e pelo menos dois ditadores comunistas foram objeto de homenagens ou apologias. [1] [2]
Nesta quinta-feira (12), foi repercutida em diversos canais da imprensa uma moção pública de homenagem ao ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A iniciativa foi do vereador do PSOL, Leonel Brizola Neto, que na verdade já havia apresentado o texto da moção no mês passado.
Na moção, Brizola afirma que Kim merece o tributo “por todo esforço (…) na luta pela reunificação da Coreia e a necessária busca da paz mundial”. Algumas lideranças do PSOL se prontificaram a dizer que não concordam com a homenagem, como a ex-presidenciável Luciana Genro, que disse que na Coreia do Norte “não tem nada de comunismo nos termos pensados por Marx” e que a luta do partido é “por socialismo e liberdade”.
O falecido ditador de Cuba, Fidel Castro, também foi objeto de defesa na última segunda-feira (9) em artigo do jornalista Breno Altman, publicado na Folha de S. Paulo. Ele alegou que os que comparam a tentativa de homenagear Pinochet com as homenagens da esquerda a ditadores como Castro estão errados, porque o líder cubano “assentou sua liderança sobre gigantesca rede de participação popular, com instituições sólidas e eleições frequentes” e desafiou o “bezerro de ouro da democracia liberal”.
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