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Após censura de revista, advogado analisa que Brasil vive ‘ditadura judicial’

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes impôs censura a meios de comunicação online após reportagem que associa presidente do STF, Dias Toffoli, à delação de Odebrecht

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Alexandre de Moraes (Foto: Givaldo Barbosa / Agência O Globo)

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, decidiu censurar na última sexta-feira (12) reportagens dos veículos jornalísticos Crusoé e O Antagonista que relatavam uma suposta referência em delação premiada de Marcelo Odebrecht ao presidente da Corte, Dias Toffoli. Os sites foram notificados nesta segunda-feira (15) e divulgaram a intimação. [1]

Na decisão, Moraes impôs uma multa de R$ 100 mil ao dia caso os links não saim do ar e que os jornalistas responsáveis por ela sejam obrigados a prestar esclarecimentos nos próximos dias.

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Ouvido pelo Boletim da Liberdade, o advogado Rodrigo Mezzomo demostrou descontentamento com a decisão e analisou que, com isso, o país vive uma “ditadura judicial”.

“Quando pensamos em livre discurso e liberdade de opinião, isso implica a liberdade de ofender. Não vemos mais essa liberdade perante o Judiciário, pois punem aqueles que são divergentes, expondo um judiciário ditatorial”, opinou.

Ativista pelas candidaturas independentes, Mezzomo lembrou ainda a citação do político e jurista Ruy Barbosa, morto em 1923, que ressaltava “que a pior das ditaduras é a do judiciário, pois sem eles não há para quem recorrer”.

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