Apoiadores do ex-presidente Lula, preso em Curitiba, se reuniram neste sábado (16) depois que o Supremo Tribunal Federal tomou a polêmica decisão de transferir julgamentos da Justiça Federal para a Justiça Eleitoral quando os crimes forem paralelos a casos de caixa 2. A ideia é relançar a campanha pela libertação do líder petista. [1]
Cerca de 1500 pessoas se reuniram no sindicato dos metroviários, em São Paulo, segundo os organizadores, para realizar o “Encontro Nacional Lula Livre”. O Comitê Nacional Lula Livre vinha reunindo líderes de partidos e de movimentos de esquerda, mas apenas em ações pontuais; a meta nesta nova fase é que em 2019 a campanha se torne mais ampla e chamativa.
Fernando Haddad, que foi prefeito de São Paulo e concorreu à presidência em 2018 contra Jair Bolsonaro, é uma das figuras ilustres ligadas ao comitê. Ele comentou que os membros estão convictos de que a Operação Lava Jato foi incapaz de comprovar que Lula “contrariou o interesse do país” e por isso irão repensar a estratégia de comunicação adotada. “Nós queremos lembrar a sociedade brasileira de que uma injustiça foi cometida e que nós vamos continuar na luta por justiça”, afirmou no encontro.
O psolista Guilherme Boulos e a comunista Manuela Dávila também estavam no evento. O primeiro defendeu o retorno da realização de atos de rua para mobilizar a população, reforçando que Lula “é um preso político” e “as contradições da Lava Jato começam a vir à tona de outras maneiras”. A primeira iniciativa planejada pelo movimento depois da reunião é a Jornada Lula Livre, a ser realizada entre 7 e 10 de abril, prevendo atos em defesa da revogação das prisões depois de decisões em segunda instância pelo STF.
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