Diferentes organizações e personalidades que atuam em defesa de causas liberais no município de Niterói, no Rio de Janeiro, estão se mobilizando para pedir o afastamento definitivo do prefeito da cidade, Rodrigo Neves, preso nesta segunda-feira (10) em decorrência de desdobramento da Operação Lava Jato. [1]
Primeira organização a protocolar o impeachment na Câmara de Vereadores, na manhã desta terça-feira (11), a ONG Advogados pela Liberdade – dirigida pelo advogado Maurício Martins, também vice-presidente do Instituto Liberal – argumenta que Neves utilizou sua função de prefeito para “obter vantagens ilícitas”.
[wp_ad_camp_1]
“O prefeito incorreu em três infrações político-administrativas, em que cada uma deve, per si, ser avaliada pela Comissão Processante, e pelo Plenário – posteriormente – em separado para um ato de três julgamentos, um por cada capitulação”, diz o pedido de impeachment, obtido com exclusividade pelo Boletim da Liberdade.
A peça, que, além de Maurício, também é assinada pelos advogados Thiago Porto, Guilherme Decnop e Stefano Justo – este, ex-coordenador do Students for Liberty Brasil – pede ainda que seja intimada uma testemunha arrolada no processo e que a comissão processante seja aberta nesta terça-feira (11).
MBL também anuncia medidas
O núcleo do Movimento Brasil Livre de Niterói também anunciou nas redes sociais que ingressará com um pedido de impeachment contra Neves. O prefeito, atualmente filiado ao PDT, pertencia até 2016 aos quadros do PT. [2]
“Todos estamos perplexos. Não adianta mudar de partido. O PT não sai de você. Esse esquema ocorreu em plena [Operação] Lava Jato”, desabafaram os coordenadores locais João Câmara e Raphael Lima, em edição do MBL News local. Eles também criticaram a quantidade de secretarias do município – ao todo, 48. [3]
Vereador de Niterói e com o apoio do MBL, Bruno Lessa é outro nome que já vinha denunciando o prefeito Rodrigo Neves. Em vídeo publicado nesta segunda-feira (10), Lessa relembrou que presidiu a CPI dos Ônibus, em 2013, e que as investigações apontaram diversas irregularidades na Prefeitura.
“A gente já apontava superfaturamento da tarifa, caixa dois nas empresas de ônibus, relações promíscuas entre agentes públicos e empresas privadas. Naquele momento, acendemos um alerta de que a questão do transporte na cidade precisava ser melhor investigada. Nós encaminhamos o relatório ao Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Receita Federal”, afirmou Lessa.
O vereador relembrou também que já havia proposto uma ação de improbidade administrativa contra Rodrigo Neves em relação a um episódio envolvendo uma agência de publicidade que estava no rol das investigações da Operação Lava Jato, a “Prole”.
“Nós vamos transformar essa indignação em muito trabalho e muita luta para que a gente possa ter uma cidade com mais transparência e que melhor atenda aos anseios de toda população”, disse Bruno, que concorreu a deputado estadual no Rio de Janeiro e contou com o apoio de nomes como Fernando Holiday e Arthur Mamãe Falei. [4]
[wp_ad_camp_3]