A jornalista e deputada federal eleita Joice Hasselmann (PSL-SP) sequer tomou posse e já virou notícia. Seu estilo combativo para alguns, ou vaidoso e desagregador para outros, começou a gerar atritos na futura bancada do PSL – que, após as eleições de 2018, se tornou maior partido de direita do Brasil.
Em mensagens vazadas nesta quinta-feira (6) em veículos de imprensa, ficou exposto um bate-boca em um grupo no WhatsApp entre Joice, o deputado Eduardo Bolsonaro (filho do presidente eleito) e o senador eleito Major Olímpio.
Vaidosa, Joice criticou a atuação de Eduardo Bolsonaro como líder do partido, admitiu ter interesse na posição e desmereceu sua votação.
“Minha intenção de ser líder [do PSL] é para que o partido tenha um líder de fato que possa atender aos anseios dos deputados e que tenha o respeito de todos. […] Filho de presidente carrega o peso de de ser filho de presidente. […] Você é dentro do partido um parlamentar que fez votação estrondosa com o sobrenome que tem”, afirmou Joice, em uma das mensagens, emendando em seguida que a votação dela foi “sem sobrenome” e que também está insatisfeito com a liderança de Eduardo o deputado federal eleito Luiz Philippe de Orleans e Bragança. [1]
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Nas eleições, Eduardo Bolsonaro foi o deputado federal mais votado de São Paulo, com 1,8 milhão de votos. Logo em seguida, veio Joice Hasselmann, com 1,07 milhão.
Em mensagem enviada a Joice, Eduardo defende-se das acusações de Joice e afirma que o PSL está, sim, fazendo articulações. “Salta aos olhos a intenção da Joice de ser líder e assim como já demonstrou na época de campanha, ela atropela qualquer um que esteja a frente de seus objetivos pessoais”, escreveu o filho de Bolsonaro, alertando em seguida ao risco de o PSL iniciar 2019 “já rachados, olhando para o outro com desconfiança”.
Posteriormente, Eduardo engrossou a mensagem, como revelou o site Crusoé: “Joice, sua fama já não é das melhores. A continuar assim, vai chegar com fama ainda maior de louca no Congresso. Favor não confundir humildade com subordinação”. [2]
A deputada respondeu, visivelmente irritada:
“Eduardo, não admito, nem te dou liberdade para falar assim comigo, ou escrever algo nesse tom. Não te dei liberdade pessoal nenhuma, portanto, ponha-se no seu lugar. Minhas discussões aqui são políticas e não pessoais. Se formos discutir a questão ‘fama’, a coisa vai longe. Então não envergonhe o que seu pai criou (sic). […] Isso aqui não é jardim de infância em que marmanjo age como bebê”.
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