O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS) é uma exceção de seu partido. Homem forte do futuro governo Jair Bolsonaro, que recebeu o desafio de assumir o mais importante ministério da esplanada (a Casa Civil), o político era um dos poucos que ainda defendiam, ao menos no papel, ideias liberais dentro do Democratas.
É que, ao longo dos últimos 10 anos, a legenda – que, no passado, chamava-se Partido Frente Liberal – decidiu cautelosamente afastar-se do ideário mais liberal e caminhar em direção ao centro, com inspiração na democracia-cristã.
No plano ideológico e de parcerias internacionais, isso significou deixar de lado o apoio do Instituto Friedrich Naumann – organização alemã ligada ao Partido Democrático Liberal, grande apoiadora do movimento liberal no Brasil – para conveniar-se à Fundação Konrad Adenauer, da União Democrata-Alemã, legenda de Angela Merkel.
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O movimento, porém, tinha uma exceção: o diretório gaúcho do DEM, à época liderado por Lorenzoni, e sua juventude partidária.
Na festa dos 40 anos do Instituto Friedrich Naumann no Brasil, comemorado no final de 2013 no consulado alemão no Rio de Janeiro, Onyx Lorenzoni era um dos mais entusiasmados. Devido a importância da instituição no desenvolvimento do movimento liberal no país – na época, ainda esboçando o tamanho que teria hoje -, o encontro reuniu diversos líderes de entidades liberais em ascensão no país.
Entre eles, João Amoêdo, líder do ainda não oficializado Partido Novo; Helio Beltrão, do Instituto Mises Brasil; Fabio Ostermann, na ocasião ligado ao Instituto Liberal do Rio de Janeiro e até Marcel van Hattem, antes de disputar a eleição que mudaria seu destino, em 2014.
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