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‘Somos o único partido criado por uma iniciativa da sociedade civil’, diz presidente do NOVO em evento no RJ

Diretório estadual do Rio de Janeiro do Partido Novo organizou grande evento neste sábado (12) que contou com a participação de lideranças locais e nacionais da legenda, entre eles Gustavo Franco e João Amoêdo
Pré-candidatos do NOVO no palco; no meio, Bernardinho (Foto: Boletim da Liberdade)

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Moisés Jardim, presidente do NOVO (Foto: Divulgação)

O Partido Novo reuniu centenas de filiados e apoiadores neste sábado (12) em um grande evento organizado na região central do Rio de Janeiro. Entre boxes com produtos personalizados, hologramas e painéis luminosos com o logotipo da legenda, foi realizado um conjunto de debates que contou com a participação de nomes como João Amoêdo, pré-candidato à presidência da república, Bernardinho, Gustavo Franco e o humorista Claudio Manoel.

Moisés Jardim, presidente do diretório nacional, iniciou o evento afirmando que o NOVO é o “único partido dentro da República Nova que foi criado por uma iniciativa da sociedade civil”.

“O NOVO não é um desmembramento de uma outra legenda. O NOVO não surgiu por conta de uma iniciativa sindical ou de uma iniciativa de alguma igreja. É o único partido que nasce do interesse da sociedade civil em se organizar e criar uma nova opção”, opinou.

Jardim, que foi entrevistado pelo Boletim da Liberdade em novembro de 2017, também exaltou o papel dos vereadores eleitos pelo NOVO em 2016 no processo de amadurecimento do partido.

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“Todos eles se comprometeram e estão fazendo redução de despesas e redução de equipe. Trazendo equipes mais eficientes e colocando um novo jeito de fazer, de trabalhar, que tem sido percebido e observado nas cidades onde atuam. Outra coisa muita relevante na atuação deles e que confirma um pouco a nossa tese do processo seletivo é a capacidade de atuação parlamentar”, disse.

Para o presidente do NOVO, essa capacidade responde muitas dúvidas que as pessoas tinham sobre a atuação prática da legenda. “Em muitos momentos, nos questionam se, de fato, nós vamos conseguir atuar no parlamento. Atuar até mesmo no Poder Executivo com esses nossos princípios e esses nossos valores sabendo da política velha, de como ela atua. Esses vereadores têm mostrado que é possível sim. Hoje, já são referência e já conseguem formar, digamos assim, as suas bancadas de acordo com os assuntos que são tratados.”

Bernardinho: “Jamais tive um projeto pessoal”

Pré-candidatos do NOVO no palco; no meio, Bernardinho (Foto: Boletim da Liberdade)

O ex-técnico da seleção brasileira de voleibol, Bernardo Rezende, mais conhecido como Bernardinho, iniciou sua apresentação brincando que estava nervoso com o evento. “Nem sabia como seria recebido”, disse, arrancando risadas dos presentes – uma referência a sua recente desistência de se candidatar ao governo do Rio de Janeiro.

Ao longo da apresentação, Bernardinho disse que, para ele, a política nunca foi um projeto pessoal e que ficaria desconfortável com negociações políticas se eleito. Em sua palestra, fez comparações entre o mundo político e outras áreas do conhecimento humano, frisando a importância de lideranças com integridade e de se ter uma cultura forte.

Sobre o NOVO, que para ele é um “time em construção”, evocou o espírito de equipe para as eleições que são um “campeonato infinito”:  “Vencemos como um time ou morremos como indivíduos”.

Ao fim de sua apresentação, o agora “embaixador do NOVO” convocou os pré-candidatos da legenda a subir no palco para uma fotografia. Entre eles, subiu o vereador Leandro Lyra, eleito em 2016 e que pleiteia candidatar-se novamente esse ano – desta vez, para deputado federal. O nome de outro pré-candidato ao governo do estado, porém, não foi anunciado.

Painel entre Franco, Amoêdo e Claudio Manoel

Auditório no Centro de Convenções Sulamérica marcou encontro de grandes proporções de filiados e apoiadores do NOVO no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)

O último painel do evento, no fim da tarde do sábado, foi um debate entre Gustavo Franco, presidente da Fundação NOVO, João Amoêdo, fundador do partido e pré-candidato à presidência da república, e o humorista Claudio Manoel, conhecido por ter sido um dos integrantes do programa de televisão “Casseta & Planeta”.

Franco alertou que, por oportunismo, muitos candidatos vão abraçar ideias liberais esse ano. “Aquela jaqueta das estatais usada em 2006 agora está sendo usada ao avesso. Precisamos ter atenção a quem acredita de verdade nisso, e não fazendo agenda de ocasião”, alertou o economista, também ex-presidente do Banco Central.

Questionados por Claudio Manoel sobre como divulgar as ideias do NOVO, Franco e Amoêdo deram suas impressões:

“A verdade está do nosso lado. O que precisamos é apenas de mais gente falando do assunto. Quem defende o contrário [das ideias da liberdade] sempre foi, na verdade, mais ativo. Nós estávamos trabalhando”, opinou Amoêdo.

Franco, por sua vez, observou que muitas pessoas já se identificam com as ideias liberais. “Nós não somos uma minoria de elite falando sobre empresas e empreendedorismo. O grupo empreendedor vai do cara da birosca ao cara da grande economia. A maior parte dos empregadores emprega duas ou três pessoas. A relação de patrões e empregados nesses ambientes é de solidariedade. ‘Estamos no mesmo barco'”, disse, otimista, relembrando estudo feito pelo PT que chegou à mesma conclusão.

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Do lado externo do auditório, produtos personalizados do partido eram vendidos: inclusive, bolas de vôlei autografadas (Foto: Divulgação)

Os painelistas também concordaram que o fracasso do governo Dilma Rousseff, especialmente na política econômica, seguido das investigações sobre corrupção, ajudaram a esclarecer os brasileiros sobre os mitos que até então existiam.

“Nada foi mais claro para a população do que isso. Isso é fácil de entender”, disse Franco, em referência à política econômica. Sobre possíveis interpretações alternativas da falência do Brasil, Claudio Manoel arrematou: “Narrativa é o nome que a esquerda dá para mentira”, divertindo os apoiadores da legenda.

Em sua participação, João Amoêdo defendeu a revogação do estatuto do desarmamento, a redução do tamanho do estado e a devolução de poder ao cidadão. Ao fim, lembrou as origens do NOVO:

“Quando a gente começou esse projeto, a gente tinha quase certeza que não ía conseguir sair do lugar. Não tinha quase ninguém incentivando. E a gente consegue ver hoje quantas sementes a gente plantou. Tenho conversado com muitas pessoas querendo sair do Brasil, porque está muito difícil. Mas eu digo que a mudança está em nossas mãos”, concluiu, arrancando aplausos dos presentes.

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