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Presidente do ILISP critica carta de ‘boas-vindas’ do PSL a Bolsonaro

Marcelo Faria considera que conteúdo do texto expressa "populismo barato" similar ao do PMDB e aponta o que julga serem contradições com as atitudes do presidenciável
Marcelo Faria (Foto: Reprodução / Youtube)

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Marcelo Faria (Foto: Reprodução / Youtube)

O presidente do Instituto Liberal de São Paulo (ILISP), Marcelo Faria, decidiu se manifestar nesta sexta (05) sobre a mensagem de boas-vindas divulgada pelo Partido Social Liberal, pouco depois de acolher o deputado Jair Bolsonaro. Para ele, o texto, que procura expressar os compromissos de princípios entre partido e presidenciável, expressa “oportunismo barato a lá PMDB” de quem se diz “ético e moral”. Ele também disse que Bolsonaro é um “traidor que negocia com corruptos”. [1] 

A primeira crítica de Faria é à afirmação de que Bolsonaro e Luciano Bivar (presidente do PSL) defenderão o “pensamento econômico liberal sem qualquer viés ideológico”, o que a seu ver é uma contradição em termos, já que “liberal” já é um “viés ideológico”. “A não ser que isso signifique “ser livre para negociar candidatura com partido de aluguel controlado por corrupto, colocar o governo para interferir na economia quando o político decidir que é um ‘setor estratégico’ e outras coisas… antiliberais”, pontuou. [2]

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Faria também contesta a defesa do “soberano direito à propriedade privada” por parte de Bolsonaro, pontuando que isso excluiria “os milhões de pagadores de impostos obrigados a sustentar empresas estatais de ‘setores estratégicos'” e “quem mais o Bolsonaro não for com a cara”. A valorização das forças armadas e da segurança, outro item mencionado no documento, é tratado como um provável sinônimo de “lutar corporativamente para manter os benefícios dos militares como Bolsonaro tem feito nos últimos 27 anos”, o que seria também “antiliberal”.

Faria atacou ainda o uso do slogan “Brasil acima de tudo”, que também considera “antiliberal”; a ideia de “proteger o Estado de Direito em sua plenitude” – a seu ver, contraditória com as atitudes de Bolsonaro ao defender “liberdade para polícia matar” e “torturas feitas durante a ditadura militar” – e a defesa de “valores e princípios éticos e morais da família brasileira”. Segundo o presidente do ILISP, este último tópico estaria sendo incongruente com as atitudes de Bolsonaro, que teria descumprido a palavra dada ao Partido Ecológico Nacional / Patriota e negociado “com um corrupto que vendeu o partido de aluguel em troca de ser candidato à vice-presidência” (obviamente referindo-se a Bivar). Este último acordo foi negado pelo próprio Bolsonaro.

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