O Boletim divulgou a informação de que a Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou o projeto que proíbe o comércio e distribuição de carne em órgãos públicos às segundas-feiras, a “segunda sem carne”. Segundo reportagem do Estadão, o secretário de Agricultura, Arnaldo Jardim, admitiu que deputados governistas apoiaram a iniciativa por pressão de colegas para conseguir os votos necessários à aprovação do orçamento de 2018 – entre outras propostas do Executivo.
O PSC de Feliciano Filho, autor do projeto, integrava a base do governo Alckmin (PSDB) até o último mês de junho, dificultando a aprovação de medidas governistas. “Na última votação, o governo estava com dificuldades para aprovar o Orçamento. Infelizmente não é uma relação automática que se tem com o Legislativo. Depois de fazer uma série de concessões, (…) a liderança do governo não conseguiu segurar a bancada que exigia, para aprovar outras medidas, que esse projeto pudesse passar na Assembleia”, disse Jardim em áudio obtido pelo Broadcast Agro. [1]
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Jardim confirmou a veracidade do áudio ao Estadão, mas disse que a estratégia de negociação partiu do Legislativo e que o Executivo não compactuou. “O governo não apoiou este projeto”, enfatizou. No próprio áudio, ele já dizia: “Nós vamos trabalhar para vetá-lo”. O secretário garantiu que se esforçará pessoalmente para que o governador Geraldo Alckmin não sancione a medida e que “fez uma fundamentada e alentada manifestação” aos parlamentares, asseverando que “não teríamos lógica de estabelecer um projeto como esse’.
Jardim ressaltou aos repórteres do Estadão, porém, que o governo está sendo pressionado por ativistas dos direitos dos animais. “Estamos sendo bombardeados por uma grande rede social de pessoas que dizem que esse é o primeiro sinal para evitar o tratamento cruel com animais, que é sinal para que se possa ter uma alimentação mais saudável, para combater o uso predatório que faz o setor agropecuário do solo. O outro lado é ruidoso, irresponsável, corporativo e nos coloca em uma situação de absoluto constrangimento, como essa”, resumiu.
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