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Lawrence Reed diz que governo Temer não entende o que é liberalismo

Economista da Foundation for Economic Education afirmou que espera que os brasileiros possam eleger um dia líderes que acreditem no liberalismo
Lawrence Reed (Foto: Reprodução / Estadão)

Muitos sindicalistas e movimentos autointitulados “de esquerda” têm feito bastante barulho contra as reformas supostamente “neoliberais” do governo de Michel Temer, considerado um sequestrador dos “direitos sociais”. Um comentário de Lawrence Reed, presidente do instituto norte-americano Foundation for Economic Education e adepto das ideias econômicas austríacas, os deixaria aturdidos. Ele disse que o governo Temer não entende o que é uma economia livre.

“Não acho que eles realmente entendam o que é uma economia livre. Eles não acreditam passionalmente nisso”, afirmou em entrevista à Folha de S. Paulo no último dia 10, referindo-se ao presidente do Brasil e sua equipe. Primeiro, Reed enfatizou que o caminho liberal é o melhor para o desenvolvimento e que acredita que a liderança chinesa será pressionada para fazer uma abertura política, ainda que isso possa demorar algumas gerações.

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Quando começou a falar diretamente sobre o Brasil, Reed atacou a burocracia. “Um empreendedor brasileiro precisa passar por muita coisa para começar um negócio”, disse. “Papelada, burocracia, atrasos, tributação elevada. Se vocês conseguissem se livrar disso, ficariam surpresos com a quantidade de pequenos negócios que surgiria. E é nesses pequenos empreendimentos que a maioria dos empregos é criada”. Afirmou também que é preciso combater a corrupção através da diminuição do estado e confessou que vê certo exagero em quem enxerga apenas a educação como a panaceia para resolver todos os problemas.

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Populismo e governo Temer

“Acho que historicamente o Brasil tem tido um caráter forte”, disse Reed, comentando a adesão dos brasileiros a teses e líderes populistas. “O problema é que a erosão do caráter tem sido comum agora em todo o mundo”. O especialista acrescentou que é comum, em tempos difíceis, “apoiar o intervencionismo, a ação governamental ou subsídios”, mas espera que os brasileiros, conforme a economia melhorar, resolvam apostar em saídas que “valorizem o caráter” e tragam uma prosperidade permanente em vez de temporária.

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Foi então que vieram as críticas à gestão de Temer. “O problema com a administração atual é que, embora esteja promovendo alguma liberalização aqui e acolá, faz isso porque precisa. Você quer um governo que faça isso porque quer fazer, porque acredita nisso, e não relutantemente porque é a única opção que resta”, resumiu.

Reed pontuou que é preciso ensinar as pessoas a entender a importância de alguns sacrifícios no presente para que eles não sejam maiores amanhã e arrematou: “Espero que, no futuro, o Brasil possa, de alguma forma, eleger líderes que, de fato, acreditem, passionalmente, na liberdade e em mercados livres. E que consigam vender essas ideias para as pessoas, explicar para elas por que, no longo prazo, elas são políticas mais benéficas”.

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