
A orientação do governo de Michel Temer, noticiada pela imprensa como mais liberal e privatista, entusiasmou muitas mentes brasileiras mais alinhadas a esse viés. Entretanto, para outras tantas, suas atitudes são insuficientes e moderadas demais para terem um efeito verdadeiro. É o caso do notório objetivista (adepto do Objetivismo de Ayn Rand) Roberto Rachewsky, que criticou a proposta de “desestatização” da Eletrobrás.
Empresário e fundador do Instituto de Estudos Empresariais, Rachewsky não está contente com o desenho do projeto feito pelo Ministério de Minas e Energia. De início, ele publicou em seu perfil no Facebook um diálogo fictício, em que alguém diria “O modelo de privatização da Eletrobrás é ótimo!” e ele responderia “Para um país socialista que quer se manter assim, é”. Instado a explicar qual seria o modelo ideal, o empresário não titubeou.
“O governo libera o mercado e vende todas as ações que lhe pertencem”, resumiu, contestando o fato, portanto, de que o governo permanecerá como o maior acionista da empresa, com poder de veto. “Difícil migrar do socialismo para o capitalismo, né? Esse negócio de políticas e estratégias, segurança nacional, golden shares, vetos e outras ingerências são eufemismos para ações interventoras de um governo fascio-socialista”, concluiu.
ERRAMOS: Inicialmente, no título, a matéria indicava “Petrobras” no lugar de “Eletrobrás”. A informação foi corrigida às 20h54.