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Startup: um mundo onde não falta dinheiro

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Enquanto os índices que medem o termômetro da economia brasileira não trazem boas notícias, existem segmentos não tão afetados pela crise. Se falta dinheiro no bolso do brasileiro comum, ele sobra no ecossistema das startups. De acordo com o estudo mais recente da Inside Venture Capital Report, do Distrito Dataminer, a captação de recursos por essas empresas foi recorde no primeiro semestre. Elas receberam US$ 5,2 bilhões em investimentos, o que representa um aumento de 45% do total investido durante todo o ano de 2020.

Atualmente, segundo a Associação Brasileira de Startups (Abstartups), são mais de 13.400 empresas em estágio inicial cujo modelo de negócios vem permitindo injetar dinheiro na economia e ajudar na geração de emprego e renda. Devido à sua natureza inovadora, o empreendedor consegue, num ambiente permeado de incertezas, criar soluções eficientes com capacidade de expansão e crescimento. Geralmente, seus produtos e serviços são de base tecnológica, o que se torna uma vantagem competitiva para o empresário, que consegue se adaptar às mudanças do mercado consumidor de maneira mais rápida, fundamental em períodos de crise.

Dados de um levantamento realizado pelo o Sebrae e a Financiadora de Estudos e Projetos(FINEP) trazem um mapeamento desse universo no último ano. O relatório mostra que elas enfrentaram melhor a crise da Covid-19 do que as pequenas empresas convencionais. Os números apontam que, enquanto 68% das empresas inovadoras registraram queda no faturamento, 87% dos negócios convencionais apresentaram perda de receita. Das 833 startups entrevistadas, 13% afirmaram ter conseguido elevar o faturamento. Dentro do universo geral das micro e pequenas empresas (MPE), apenas 4% não registraram diminuição .

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Enquanto o desemprego mantém o recorde(14,7%) no país e atinge quase 15 milhões de brasileiros, 76% das empresas que têm a inovação como um dos pilares de seus negócios conseguiram permanecer com seu quadro de funcionários durante a pandemia. Dos empreendedores entrevistados, 16% afirmaram que foi necessário contratar novos colaboradores para atender a demanda durante o período. Já o percentual de MPE´s tradicionais que não demitiram foi de 36%.

E a perspectiva é que o cenário para esse ecossistema melhore. Em junho, o governo federal sancionou o novo Marco Legal das Startups e do Empreendedorismo Inovador a fim de fomentar a criação desse tipo de empresa e incentivar investimentos para criar melhores condições para o ambiente de negócios no Brasil. Dentre as novidades, a Lei Complementar 182/2021 permite à administração pública contratar soluções inovadoras por meio de licitação e facilita a captação de recursos pelos empreendedores. “Com a nova legislação, as startups poderão receber investimentos de pessoas físicas ou jurídicas que poderão resultar ou não em participação no capital social da startup, a depender da modalidade escolhida pelas partes”, divulgou o Ministério da Economia. O texto ainda dedica um capítulo para estimular a pesquisa e inovação com aporte de recursos no segmento.

Lógico que ainda há um grande caminho a ser trilhado. Naturalmente, surgirão ajustes, mas já é um grande avanço para essa classe de empresários e para a economia. E quem ganha com tudo isso é o Brasil sob vários aspectos. A geração de mais postos de trabalho, o estímulo à educação e desenvolvimento de novas tecnologias, oferta de produtos e serviços com mais qualidade ao consumidor e novas soluções para o dia a dia do cidadão comum são alguns deles.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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