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Por que ainda defendemos ditaduras

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Mateus Ferronatto*

Você provavelmente já deve ter ouvido de algum conhecido a frase “Até que Cuba não é tão ruim, a saúde deles é melhor”, ou “Precisamos da ditadura para colocar ordem”, frases que muitas vezes vêm de pessoas instruídas e que tiveram algum mérito ao longo de suas vidas. Então por que, depois de termos vivido ditaduras cruéis e regimes que mataram milhares de pessoas, ainda falamos, mesmo que informalmente, frases como essas? A verdade é que não existe uma resposta certa, e sim uma série de fatos que levam as pessoas a chegar a tais conclusões. 

Muitos de nós, desde os primórdios de nossa educação, somos ensinados que o capitalismo e a burguesia foram os vilões da história moderna, trazendo diversos pontos negativos do sistema que vivemos atualmente. Por outro lado, não fomos ensinados como o sistema que vivemos proporcionou o padrão de vida que as sociedades modernas usufruem. Atualmente, um cidadão pertencente às classes sociais mais baixas tem acesso a itens que um século atrás nem os mais ricos tinham. Essas conquistas foram possíveis graças ao sistema capitalista, que, por mais imperfeito que seja, é o que mais se adequa à natureza imperfeita dos seres humanos. 

Nos dias de hoje, partidos que se denominam socialistas se apropriam de temas que não condizem com suas ideologias fundamentais, utilizando causas como o casamento gay, ou a liberação da maconha, para atrair pessoas das classes mais baixas da população, e principalmente jovens, que não se sentem representados pelo sistema atual. Uma grande fábula, criada para fortalecer ideais que já foram comprovadamente malsucedidos. Líderes aclamados da esquerda como Che Guevara perseguiam e assassinavam homossexuais brutalmente. Nos anos 1970, homossexuais foram proibidos de ocupar cargos públicos em Cuba, algo que constou no código penal cubano até 1979. Já o regime de Stalin condenou mais de 50 mil homossexuais a trabalho forçado. A respeito de a legalização ser a bandeira de milhares de militantes de esquerda, em países comunistas como Cuba o tráfico de drogas é punível com pena de morte. 

Tiranias se aproveitam historicamente de momentos em que a sociedade se encontra mais vulnerável, intitulando-se como a única opção viável. Isso ocorreu em diversos capítulos na história, e continua ocorrendo até os dias de hoje, aproveitando-se de momentos de instabilidades econômicas e sociais para instaurar suas ideologias como uma opção ao capitalismo “opressor”. 

Por mais encantadoras e utópicas que as políticas de esquerda pareçam ser, elas já foram comprovadamente fracassadas ao longo das últimas décadas. Porém, como seres humanos, temos uma memória muito curta, e infelizmente bastam algumas promessas fantasiosas em momentos instáveis de nossas sociedades para nos iludirmos. Da mesma forma que a esquerda faz parte da vida dos jovens, os liberais precisam estar presentes abrangendo temas com os quais esse público se identifique. A juventude precisa se sentir representada e acolhida pelos liberais para não se iludir pelos ideais utópicos e encantadores dos socialistas.  Dessa forma estaremos reagindo para quem sabe nunca mais escutarmos frases como essas.

*Associado do Instituto de Estudos Empresariais


Foto: Museo Che Guevara (Centro de Estudios Che Guevara en La Habana, Cuba).

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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