fbpx

Quando a esquerda calar as redes, quem irá defendê-las?

Compartilhe

JULIANA OLIVEIRA*

Das muitas acusações que podemos formular contra o presidente Donald Trump e outras lideranças de direita no Brasil ou nos Estados Unidos, uma é improvável: a atuação política e institucional para censurar a liberdade de expressão nas redes sociais.

Na verdade, muitas vezes com excessos, esses agentes ganharam projeção justamente por compreenderem os canais digitais como espaços da mais livre expressão; ou espaços em contraste às mídias tradicionais e ao império de práticas do chamado politicamente correto.

Ao se voltar contra esses grupos com justificativas vagas e de interpretação ampla de que “promovem a violência” (mesmo quando condenam esse comportamento de forma explícita, como no caso de Trump em diversos vídeos recentes), as plataformas incorrem no risco político real de perderem apoio de quem, um dia, poderia defendê-las.

A tendência autoritária de grupos de esquerda contra organizações privadas e também contra as liberdades individuais em nome do bem coletivo não é uma hipótese sem fundamento.

“Tendência autoritária de grupos de esquerda contra organizações privadas e também contra as liberdades individuais em nome do bem coletivo não é uma hipótese sem fundamento”

Além do histórico de ações práticas, esses grupos deixam explícitas as sementes de seus posicionamentos no debate público atual no tema do combate à Covid-19.

Recentemente, um artigo do biólogo Atila Iamarino defendendo um “autoritarismo necessário” contra críticas à vacinação nas redes sociais e insistindo no tema da vacinação obrigatória se destacou nesse sentido.

Apesar de a própria Organização Mundial da Saúde, em colocação do final de 2020, afirmar que as vacinas não devem ser compulsórias para evitar rejeição a elas, um projeto de lei do PSOL em Niterói (RJ), aprovado na Câmara Municipal, estipula regras duras de fiscalização da vacinação. Foi chamado por um opositor de medida do “Terceiro Reich”.

É questão de tempo e agenda, portanto, que a esquerda defina e amplie o debate sobre a censura “legítima” nas redes. Mais dia ou menos dia, a turma irá classificar discursos religiosos como discursos de ódio e até promoverá discussões se as plataformas não deveriam ter função social definida em lei. Mais e mais opiniões serão consideradas inapropriadas para existirem.

Independente disso, é compreensível que as big techs se questionem sobre o papel e responsabilidade que têm na moderação do debate político nas redes. No entanto, foi erro grave (e pouquíssimo democrático) as punições unilaterais, sem ampla defesa, somada à falta de diálogo com os diferentes atores políticos.

Para piorar, tudo isso ocorre enquanto lideranças inegavelmente nocivas e tirânicas internacionais, com histórico de desrespeito a liberdades individuais e violação aos direitos humanos, seguem livres para se expressarem em seus perfis. Parece contraditório – e é.

*É uma crítica feroz à falta de liberdade individual.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?