Há tempos - Coluna Bruno Holanda

Há tempos

13.04.2021 10:00

“Há tempos”, música escrita por Renato Russo, líder do grupo de rock nacional Legião Urbana, febre nos anos oitenta e início dos noventa, gravada pela primeira vez no ano de 1989. A banda Legião Urbana é daquelas coisas que marcam gerações e acabou o fazendo com a geração dos anos oitenta, assim como a inflação e o desemprego, marcas registradas deste período, mas que não carregam exclusividade de época.

Assim como os versos atemporais de Renato Russo nessa e em outras músicas, que para um desavisado anacrônico poderiam ter sido escritas nessa semana, nossos problemas econômicos estruturais, que assombraram o país por uma década, voltaram a tona. O descontrole inflacionário, a taxa de juros em movimento crescente, aumento no desemprego e estagnação do PIB mostram um horizonte perverso no pós pandemia.

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Colocar a culpa da pandemia pode ser tentador, mas é equivocado. A pandemia é mundial e países emergentes, que antes estavam emparelhados ao Brasil, não tiveram a mesma queda e já parecem dar a volta por cima dos danos. Não, o frouxíssimo lockdown brasileiro não quebrou a economia nacional. Países mais rígidos conseguiram se recuperar antes, assim como já havia sendo apontado no início de tudo.

Até o agronegócio começava a ser prejudicado pela incapacidade administrativa do governo em setores chave, como o Ministério de Relações Exteriores e o Ministério da Saúde. Cabeças rolaram e novos capítulos estão sendo escritos na novela Brasil.

“Há tempos nem os santos tem ao certo a medida da maldade
E há tempos são os jovens que adoecem
E há tempos o encanto está ausente e há ferrugens nos sorrisos
E só a casa estende os braços a quem procura abrigo e proteção”
Renato Russo

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