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A falta que me faz o Carnaval

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Avassaladora, afinal, é a falta que me faz o Carnaval. Durante o mês de fevereiro, vemos a liberdade transbordando e nos mostrando como é criativo o povo brasileiro. Os artistas de esquina, músicos, dançarinos, foliões, que se envolvem na festa que traz voz para as multidões.

O maior espetáculo da terra gera emprego e renda para milhares de pessoas diretamente, aquece a indústria e o comércio, com a venda de produtos para os foliões e hipnotiza turistas internos e estrangeiros por todo o país. Do Samba ao Frevo, do Galo da Madrugada ao Bola Preta, passando pelo Olodum e os trio elétricos.

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Não só de economia vive o povo e o Carnaval se mostra, de novo, uma ferramenta social. Os samba-enredos históricos, que marcaram a redemocratização, cantaram o descobrimento da pátria e choraram pela escravidão, hoje estão calados, numa Marques de Sapucaí vazia, por causa de uma tal pandemia que vem matando dia após dia, milhares de brasileiros natos.

Ainda estamos presos em nossos lares, com o samba preso na garganta. A nossa maior expressão cultural, nosso Carnaval de sambas inesquecíveis que davam o tom da nossa sociedade e que inverte de lugares o preto favelado e a elite estrutural. Aquele desfile de 1989, feito pela Imperatriz Leopoldinense para cantar os cem anos da república, com direito a verso do hino da proclamação escancara nossas relações dúbias. Só no Carnaval do Rio, uma Imperatriz canta o hino de proclamação da República. “Liberdade, liberdade. Abre as asas sobre nós e que a voz da igualdade seja sempre a nossa voz.”

Não só essas são as nossas controvérsias. Aqui no carnaval se experimenta a liberdade que o liberal mais ama. Compra-se a cerveja no pequeno empreendedor da esquina, carinhosamente chamado de camelô, se veste criança com farda do BOPE e adulto de frauda e chupeta. Alguma liberdade sexual também se apresenta e nosso país tão conservador, se torna liberal por uma semana. Como diz o titulo de mais um samba, “Pra tudo se acabar na quarta-feira”.

Foto: Pedro Rafael/Carnaval 2018

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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