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Vão-se os anéis e ficam os dedos

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O deputado federal Alexis Fonteyne, eleito pelo NOVO em 2018 com 45.298 votos, avisou, na semana passada, que deixará o partido, rumando para o Podemos. O partido NOVO, defensor da liberdade, não usará sua prerrogativa de pedir de volta o mandato do deputado. Poderia fazê-lo sem qualquer ressalva, pois pelo número de votos conquistados por ele, fica claro que a nominata do partido o ajudou muito a se eleger.

Mas o ponto fundamental desse artigo não é a relação entre o deputado e o partido, mas a do deputado com seus eleitores e filiados do NOVO. Segundo Alexis Fonteyne, o principal motivo de sua saída é o fato de querer atuar politicamente numa “plataforma” maior e com mais capilaridade. Contudo, tal justificativa é, no mínimo, um tanto questionável para aqueles que acompanham o partido de perto e sabem que de seis meses para cá o deputado foi um dos líderes de um movimento que fez duras críticas à gestão partidária. Movimento que se dizia motivado por uma suposta vontade legítima de “salvar” o partido. Engraçado, há sempre alguém querendo ser o salvador de alguma coisa. Dentre muitas acusações que presenciamos, é preciso destacar: críticas a forma de condução do processo seletivo do NOVO para presidência, ilações de que o partido tem dono, apoio a manifestos que pediam mais tolerância aos dirigentes.

Há que se perguntar ao deputado, depois de todas as acusações: o senhor julga ter salvo o partido? Está satisfeito? Pela justificativa da saída, dada pelo deputado, parece que sim. Talvez, agora, possa salvar o Podemos. O novo partido escolhido é liderado pela mesma família desde sua fundação, com certeza lá ele terá muito o que ajudar para promover um ambiente mais democrático.

De forma alguma devemos desmerecer as críticas levantadas por ele e outros. Uma instituição deve e precisa receber críticas. Mas é estranho que o deputado tenha levantado bandeiras gravíssimas contra a gestão partidária e depois de pouco tempo decida virar as costas para toda essa mudança que propôs. O mínimo que se espera de indivíduos engajados e responsáveis, que promovem críticas construtivas, é que eles estejam comprometidos com o processo de constituição do partido.

O partido NOVO nasceu do desejo e da insatisfação. Desejo por um país mais justo, livre e mais honesto com a coisa pública. Insatisfação com a política sequestrada por interesses e grupos privados, assistencialismo que corrompe a democracia e um Estado que tem a si como fim, quando deveria ser um meio para servir e proteger os cidadãos. Essa tarefa ninguém disse que seria fácil. No entanto, somente uma única coisa habilitará o sucesso, jamais abandonar os princípios e valores que nos moveram e nos movem. Ulisses amarrou-se no mastro para não cair no canto das sereias. A política é um mar cheio delas.

Vão-se os anéis e ficam os dedos. O NOVO segue o caminho que traçou desde sua fundação, de compromisso com a verdade.

Eu, que não compactuei com as críticas levantadas pelo deputado Alexis Fonteyne, permaneço no NOVO, cada dia com mais convicção. Apoio o Luis Felipe D’Avila como melhor opção para o Brasil. Ele não é o salvador da pátria, é alguém disposto a entrar em um projeto e fazer parte dele. Um projeto que não se curva aos oportunismos da política.

Anéis enfeitam, dedos escrevem a História.

Anéis brilham, dedos constroem a vida.

Foto: Divulgação/Câmara

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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