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O Nordeste e o PT: caso de amor estremecido

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O Partido dos Trabalhadores ligou seu sinal de alerta para as eleições de 2022. Mesmo com o establishment midiático apaixonado até por supostos atributos físicos de Luís Inácio Lula da Silva, o comando da legenda petista percebeu de maneira dura na semana passada a dificuldade na aceitação em uma região do país onde sempre teve altos índices de popularidade: o Nordeste.

Lula foi ao Nordeste iniciar seu projeto de pré-candidatura à Presidência da República, realizando visitas a estados como Ceará, Piauí e Rio Grande do Norte, estados governados pelo PT por Camilo Santana, Wellington Dias e Fátima Bezerra, respectivamente, além de visitas a outros estados como Pernambuco, onde foi recebido pelo prefeito de Recife, João Campos (PSB), e pelo governador do estado, Paulo Câmara (PSB).

Diferente de outras épocas, Lula não foi recebido por multidões. No Piauí, saiu pelos fundos do Aeroporto Petrônio Portella direto para a inauguração de uma escola junto com o governador do estado, mas sem apoiadores nas ruas; no Rio Grande do Norte, foi recebido por uma comitiva de quatro pessoas, se contarmos a presença da Governadora Fátima Bezerra; no Ceará, a Polícia Militar teve que isolar uma área de praia para que Lula pudesse tomar um banho de mar. E em Pernambuco, estado onde o petista nasceu e tem vinculação emocional, saiu direto do Aeroporto para o Palácio do Campo das Princesas, sede do Governo Estadual.

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Embora o PT alegue que decidiu por respeitar o isolamento social em não realizar agendas públicas com Lula, o fato que assistimos é a queda na popularidade petista na região onde sempre obteve votações consagradoras. Regina Sousa, ex-senadora e atual vice-governadora do Piauí ainda durante 2020 alertou em entrevista que o partido começava a perder popularidade com as diversas obras de infraestrutura, sobretudo nas áreas viária e hídrica, e em decorrência de programas sociais como o pagamento do 13° no Bolsa Família e o Auxílio Emergencial, realizados pelo Governo Federal, capitaneado pelo Presidente Jair Bolsonaro.

Assim como Lula foi expulso da Região Sul em sua pré-campanha de 2018 antes de ser preso por corrupção passiva, a realidade começa a bater na porta do comando do PT, em perder espaço em sua “vaca sagrada” tradicional. Se nos anos 1990, o Rio Grande do Sul foi uma das Mecas petistas com a legenda governando a capital Porto Alegre entre 1988 e 2004 e governando o estado entre 1998 e 2002, após a eleição de Lula em 2002 à Presidência da República o partido migrou seus esforços de expansão política ao Nordeste.

O PT passou a reinar quase soberano na região, elegendo governadores do partido e aliados diretos em todos os estados. Entretanto, o desgaste vivido pelos Chefes de Estado estaduais, a expansão das igrejas evangélicas, os problemas envolvendo a concepção do Consórcio Nordeste e o aumento da popularidade de Jair Bolsonaro na região passam a ser problemas a serem planejados e resolvidos pelo comando geral petista.

Em um cenário incerto para 2022, a Região Nordeste pode ser uma fiel da balança para qualquer um dos candidatos. O xadrez político para a eleição do ano quem já começou, e os fatos acontecidos na semana passada mostram apenas que a vida não será fácil para o PT e para seus candidatos.

Foto: Divulgação/Instituto Lula

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Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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