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O monopólio da influência

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Por Matheus Linard membro da UJL*

Na terça-feira, após intensa pressão nos parlamentares, a sociedade civil organizada impôs a maior derrota legislativa ao governo Lula até agora.

Foram liberados R$ 10 bilhões em emendas parlamentares, 450 nomeações em cargos federais e nem assim, o governo conseguiu articular sua base (inexistente) para aprovar um mero Projeto de Lei de quórum de maioria simples.

Apelidado de PL da Censura, a pauta rapidamente ganhou tração nas redes sociais, exatamente por querer determinar uma espécie de monopólio da verdade. O estopim veio quando o Google, em editorial próprio, fez uma defesa enfática da liberdade de expressão: O PL das Fake News pode piorar sua internet.

O artigo, assinado pelo Diretor de Relações Governamentais e Políticas Públicas do Google Brasil, Marcelo Lacerda, trata de preocupações genuínas sobre as consequências da aprovação do projeto, sem um amplo debate com a sociedade.

Após o posicionamento da empresa e de outras big techs, o governo Lula mostrou a sua veia ditatorial, censurando as empresas que se posicionaram de forma contrária, querendo obrigá-las a defender o projeto e impondo multas milionárias.

A esquerda, que sempre deteve o monopólio da influência no debate político brasileiro, que utilizou movimentos de base como sindicatos, movimento estudantil, conselhos profissionais, que gastou bilhões para tentar livrar Dilma do impeachment, que tentou reescrever a história invisibilizando os escândalos de corrupção que protagonizou e que sempre instrumentalizou o estado brasileiro para defender seus interesses, foi derrotada em seu próprio jogo.

A UJL, inclusive, foi parte determinante nessa virada de chave, ao cobrar parlamentares que declararam voto favorável ao PL da Censura, causando a ira do Líder do Governo na Câmara, Deputado José Guimarães do PT, que falou publicamente sobre o questionamento de votar o PL da Censura, por pessoas que, segundo ele, foram pagas pela Meta, sendo que os ativistas que realizaram as ações não receberam um só centavo.

Flávio Dino, Alexandre de Moraes, Arthur Lira e o deep state brasileiro, ficaram extremamente revoltados com o que chamaram de jogo sujo das big techs. São Senhores desconectados da realidade, que não compreenderam ainda que as notas das empresas, os protestos em aeroportos e a pressão nos parlamentares só encontrou eco no tecido social brasileiro, pelo PL da Censura ameaçar o que temos de mais valioso; o poder de dizer aquilo que quisermos, ainda que outros discordem. A nossa tão amada, e idolatrada liberdade de expressão.

O brasileiro médio mostrou a Lula, a Globo, a Choquei, ao Felipe Neto e a todos que fizeram lobby pela aprovação desse absurdo, que não aceitarão o monopólio da verdade que o governo tanto almeja, e que a esquerda perdeu o monopólio da influência.  Se depender da UJL e a chama da mobilização mantiver-se acesa, logo perderá também a hegemonia nos movimentos de base.

*A UJL – União Juventude e Liberdade é o maior movimento estudantil liberal do Brasil. Aqui nós unimos forças para disputar eleições e representar pautas onde os estudantes estão inseridos.

Esse artigo não reflete necessaria a opinião do Boletim da Liberdade.

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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