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Quem escolhe o crime escolhe destino: O sucesso da Operação Contenção

Operação

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Por Davi de Souza*

O Rio de Janeiro está sitiado. Nas favelas da Penha e do Alemão, o Comando Vermelho ergueu um exército particular com barricadas de ônibus, explosivos, drones e fuzis automáticos. Homens armados decidem quem vive, quem trabalha e quem paga. Eles controlam o comércio, o transporte, as escolas, o lazer e a vida das pessoas. Tortura, extorsão, estupro, assassinatos diários, explosões e sequestros transformam comunidades inteiras em prisões abertas. Enquanto isso, o governo se omite, permitindo que facções cresçam e que a população viva sob medo. A Justiça, lenta e cheia de privilégios para criminosos, protege os mandantes, concede benefícios e cria obstáculos à ação policial. O resultado é que o terror se fortalece e quem sofre é o cidadão comum.

A Operação Contenção provou que o Estado pode agir. Não é espetáculo midiático nem decisão política, é a retomada de territórios que há anos estavam nas mãos do crime. Dezenas de prisões, mais de 90 fuzis apreendidos, toneladas de drogas retiradas das ruas e mandantes expostos que se achavam intocáveis. A população das favelas apoia: quase 90% aprovam, segundo levantamento do Metrópoles e Atlas Intel. Ignorar isso é proteger criminosos e trair cidadãos.

O governo Lula insiste em virar as costas para a realidade. Ignora o terror diário que o crime organizado impõe às favelas, minimiza massacres, sequestros e assassinatos, e transforma ação policial em “opressão”. Mandantes continuam intocados, facções crescem, e a população vive refém do medo enquanto o discurso oficial culpa quem protege cidadãos. Essa omissão deliberada é um convite para que o crime avance, e deixa claro que, para esse governo, bandido tem mais direitos que gente de bem.

As imagens chocaram o país: corpos de traficantes enfileirados, muitos com farda camuflada e armamento pesado, típicos de soldados de guerra. O próprio crime tentou mascarar o horror, retirando uniformes para sensibilizar a mídia. A verdade é que morrer no crime é uma escolha de vida. Cada bandido que cai decidiu se contrapor à sociedade, e a vida de um cidadão de bem vale infinitamente mais. Quem escolhe matar e escravizar comunidades não merece clemência, merece enfrentar a força do Estado.

O Rio precisa unir ação prática e teoria criminológica. A teoria das janelas quebradas, de James Q. Wilson e George L. Kelling, mostra que sinais de desordem (lixo, barricadas, fachadas destruídas) criam sensação de impunidade e aceleram o crime. Onde o Estado recua, o terror avança. Limpar essas “janelas quebradas” não é estética, é reafirmar autoridade e devolver segurança à população.

A política dos três strikes reforça essa lógica. Um pequeno grupo comete a maior parte da violência. No Rio, chefes de facção repetem sequestros, ataques, extorsões e assassinatos todos os dias. Prender soldados de rua não basta, é preciso responsabilizar mandantes, cortar logística e impedir reincidência. Cada crime não punido fortalece o terror e destrói a esperança de paz. A Justiça, muitas vezes conivente, favorece criminosos e impede que o ciclo seja quebrado.

Não há espaço para hesitação ou romantização de bandido. A polícia deve agir com força, inteligência e decisão, cortar rotas de abastecimento, rastrear dinheiro, confiscar bens e prender todos os elos da facção. Direitos humanos existem, mas não para proteger quem mata, extorque e escraviza comunidades inteiras. Quem usa falhas para justificar inação está, na prática, do lado do crime.

Quem insiste em acusar a polícia de oprimir a favela, negros e pobres ignora a verdadeira opressão que esses mesmos grupos sofrem todos os dias nas mãos do crime. São negros e pobres que vivem aterrorizados por extorsão, sequestros, estupros, assassinatos e tortura dentro de suas próprias comunidades. Enquanto alguns militantes ideológicos romantizam bandidos e acusam policiais de “injustiça”, esquecem que o terror imposto pelas facções paralisa escolas, comércio, transporte e vida familiar, transformando vidas de inocentes em prisões. Defender bandido sob o pretexto de proteger minorias é, na prática, se aliar ao crime e negar direitos básicos de segurança àqueles que realmente precisam de proteção.

O que aconteceu na Penha e no Alemão é apenas o começo. O Estado precisa mostrar que quem manda na rua é ele, não o bandido, milícia ou chefão de favela. Limpar território, responsabilizar mandantes e agir continuamente é o único caminho para devolver ruas, escolas e comércio à população. O Rio não pode ser refém, a favela não pode ser refém, o cidadão comum não pode ser refém. Quem escolhe o crime escolhe o destino, e no final, choro de quem defende bandido não me comove.

*Davi de Souza é graduando em Gestão Pública pela Universidade Federal de Minas Gerais e assessor parlamentar

 

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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