Em uma rara demonstração de convergência, líderes do governo, da oposição, representantes do agronegócio, da indústria e do movimento ambientalista uniram-se para protocolar, nesta quarta-feira (24), um requerimento pedindo o desapensamento do Projeto de Lei (PL) 1874/2022, que institui a Política Nacional de Economia Circular. A medida visa permitir que a proposta tramite de forma autônoma e célere.
A iniciativa foi articulada pelo líder do governo, deputado José Guimarães (PT-CE), e contou com a adesão de presidentes de diversas frentes parlamentares, demonstrando a amplitude do apoio à matéria. Estão entre elas as frentes da Agropecuária, Ambientalista, da Economia Verde, da Indústria e da Indústria de Máquinas e Equipamentos, do Comércio e Serviços, pelo Livre Mercado, do Empreendedorismo, pelo Brasil Competitivo, da Economia Criativa, da Competitividade da Cadeia Química e Petroquímica, do Etanol, do Biodiesel, da Mineração Sustentável, em Apoio ao Produtor de Leite, da Inovação e tecnologia em Saúde para Doenças Raras e da Indústria Naval Brasileira.
No mesmo dia, parlamentares participaram de um almoço-debate na Casa da Liberdade, sede da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado, que contou com a presença dos deputados Joaquim Passarinho presidente da (FPE), Vitor Lippi, vice-presidente da (FPBC), Rollemberg, da (FPBC), Alceu Moreira, presidente da (FPBio), Zacarias Calli, presidente da (FPMS), Domingos Sávio, presidente da (FCS), Nilto Tato, presidente da Frente Ambientalista, Tábata Amaral, da Frente Ambientalista, Greyce Elias, da Frente (FPMin), Soraya Santos, da (FPMEmp), Coronel Fernanda, da (FPA), Daniela Reinehr, da (FPLM), Evair de Mello, da (FPA).
O encontro reforçou o consenso construído em torno do tema, confirmando a disposição de diferentes setores políticos e sociais em avançar de forma conjunta com a pauta.
A união de diferentes frentes parlamentares em torno do desapensamento do PL 1874/2022 foi destacada pelo deputado Joaquim Passarinho.
“Estamos tratando de uma proposta que já foi amplamente debatida e aprovada no Senado, não há razão para retardar sua votação. Esse é um momento especial, em que diversas frentes parlamentares se unem em torno do mesmo objetivo, mostrando nossa capacidade de articulação e a importância de trabalhar juntos. Independentemente da polarização política, estamos construindo algo positivo para o Brasil.”, destacou o deputado, que é o atual presidente da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE).
O texto do PL 1874, que veio do Senado Federal, é apontado pelos autores do requerimento como fruto de um amplo debate e já considerado “maduro e com legitimidade consolidada”.
Agora, a decisão de atender ao pedido de desapensamento cabe ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta. A expectativa dos parlamentares é que a matéria seja colocada em votação em regime de urgência, capitalizando o acordo histórico entre setores tradicionalmente antagônicos.
