fbpx

Solidariedade liberal: o antídoto contra o assistencialismo estatal

Solidariedade

Compartilhe

Por Roberto Walter*

No Brasil, os liberais muitas vezes são vistos como egoístas, como quem só pensa em si e que quer retirar os auxílios estatais. A realidade é que o liberalismo favorece todas as classes sociais. Os liberais buscam a igualdade de oportunidades, na qual todos têm a liberdade de construir sua vida a partir das mesmas condições. Atualmente, os mais pobres dependem da rede pública de ensino e saem em desvantagem. A iniciativa privada deve agir para corrigir esse problema.

Acredito que a chave para a aceitação do liberalismo no Brasil passa pela solidariedade. Precisamos convencer a esquerda de que é no liberalismo, com governo mínimo, que terão melhor qualidade de vida e maior igualdade de oportunidades. Para isso, aqueles que podem devem preencher o espaço assistencialista do governo na saúde e, principalmente, na educação. Nesses setores, os governos “benevolentes” ganham votos.

Enquanto nós, liberais, vemos problema no subdesenvolvimento, a esquerda vê problema na desigualdade. Os políticos de esquerda focam nisso para ganhar votos. Prometem cotas no sistema educacional, investimentos em saúde pública e distribuição de auxílios. Sabemos bem que tudo isso resolve os sintomas da pobreza, mas não a causa.

O capitalismo e a desigualdade de resultados andam juntos, e isso faz parte da natureza humana. Por meio da troca voluntária de bens e serviços, aqueles que mais agregam para a sociedade devem ganhar mais. Uma sociedade com igualdade de oportunidades e que aceita a desigualdade de resultados progride impulsionada pela meritocracia. Vide os Estados Unidos.

No Brasil, não temos nem igualdade de oportunidades, nem uma sociedade que compreende a meritocracia. Precisamos atacar as duas frentes, e acredito que isso passa pela solidariedade. O brasileiro médio ainda vê a economia como um jogo de soma zero, no qual a existência de vencedores necessariamente implica a ocorrência de perdedores. Sabemos que isso não é verdade. A classe baixa norte-americana vive melhor que a classe média brasileira. O capitalismo melhora a vida de todos, não somente dos ricos.

Quando uma população acredita que somente o governo é capaz de reduzir a desigualdade, entra na espiral socialista: mais governo gera mais pobreza, que pede mais governo, que gera mais pobreza, e assim por diante, até quebrar, como a Argentina e a Venezuela.

Para romper essa espiral, não basta esperar que o governo crie um sistema de vouchers. A iniciativa privada já pode e deve agir. Muitos empresários já o fazem, ajudando na construção de hospitais e apoiando iniciativas educacionais. A todos que doam tempo e dinheiro para reduzir a desigualdade de oportunidades, muito obrigado! Fazendo mais, incluiremos todos na magia do capitalismo sem a intermediação ineficiente do Estado.

*Roberto Walter é associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?