Ontem, a esquerda chegou ao seu nível pretendido. Charlie Kirk, influenciador conservador e cristão, que visitava universidades americanas para debater cordialmente sobre temas políticos, foi assassinado dentro da Universidade de Utah, enquanto discursava.
Charlie sempre foi extremamente respeitoso em seus debates: ouvia seus adversários, não gritava, não xingava. Mostrava ao mundo como se faz política e cristianismo: de forma civilizada, racional, e não como um animal selvagem guiado apenas pelos instintos. Seu método era tão eficaz que muitos adversários acabavam repensando suas posições. Por que, então, era tão odiado pela esquerda americana? Porque conduzia inúmeros jovens à verdade.
“Ideias extremistas geram discurso extremista e inevitavelmente ações extremistas” foi um dos comentários deixados nas redes sociais para sugerir que Charlie Kirk “fez por onde” e despertou o ódio que o matou. Discordo? Não. Concordo. Jesus também morreu na cruz porque despertou o ódio das pessoas justamente pelo que nele havia de mais amável. Cristo teve uma vida e um discurso considerados “extremos” para sua época, e por isso recebeu a morte mais extrema.
Charlie era cristão, e os que mais imitaram a Cristo ao longo da história foram assassinados pelos ditos “moderados”. Jesus e seus discípulos, os homens mais espirituais, foram condenados por questões políticas. Por pautas morais que ofedem o pecado. A modernidade não compreende que esse padrão permanece. Ser mártir é o último nível da vida cristã. Por isso, meus pêsames, na verdade, são aos adversários de Charlie, pois Deus vingará o sangue de seus filhos.
Quando todos pensam que a morte de pessoas como ele é derrota, na realidade, é vitória — porque nenhuma arma, nenhuma calúnia, nenhuma injustiça ou prisão é capaz de pôr fim ao que é eterno. O inimigo pensa que vai nos gerar medo, mas, ao contrário, nos inspira coragem. O legado de Charlie não pode ser assassinado: continuará levantando jovens como eu para prosseguir o trabalho dentro das universidades — os lugares mais hostis a todo conservador, liberal, cristão que não omite sua fé.
Como escrevi no livro sobre liberdade de expressão, “In Verbo Veritas”, o que acontece nas universidades hoje tende à carnificina. Se com políticos a violência já é tanta dentro de uma universidade federal, imagine com alunos comuns. A perseguição fora das universidades ainda é “civilizada” se comparada ao que ocorre dentro delas. Entre seus muros, gritos selvagens, violência, descontrole, histeria e maldade deliberada são a regra contra aqueles que ousam ser a exceção. No polo da intelectualidade, ver o ser humano agir como bicho é o retrato do que se tornou a educação. Entretanto, honraremos o sangue de mulheres e homens como Charlie Kirk, que entregaram suas vidas pela verdade e pelo diálogo.
Ontem, o mundo adormeceu com a certeza de que a esquerda precisa da morte de seus opositores, pois só consegue se estabelecer sobre o sangue dos inimigos. O Brasil foi dormir sob ameaças, com comentários nas redes sociais dizendo que aqui também deve-se ceifar a vida de “extremistas como Charlie, que estão dentro das universidades brasileiras”.
O que aconteceu ontem escancarou ao mundo que aqueles que dizem ser contra o armamento, a favor da diversidade de pensamentos e da democracia, e que se intitulam moderados e contra os extremistas, são, na verdade, exatamente o oposto disso.
O sangue de Charlie não está apenas nas mãos de quem puxou o gatilho, mas também nas de uma ideologia que consegue fazer com que pessoas comemorem a morte desse homem. E o instrumento que fez com que elas pensem assim é a educação.
Só existe uma forma de impedir que mais sangue inocente seja derramado dentro das universidades: combatendo com todas as forças essa ideologia diabólica, histérica e intolerante. Precisamos pressionar os parlamentares a agir, a polícia a nos proteger, e os alunos conservadores a se posicionarem cada vez mais corajosamente.
O resgate da educação e das universidades é a pauta mais urgente, pois é o único caminho para que não vejamos acontecer o genocídio que já começou a ser planejado na mente de nossos opositores.