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A política do caos e a economia da perseverança

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Por Stefano Wigner Tremea*

Recentemente ouvi as seguintes perguntas de um empresário e investidor brasileiro: “Como crescer em meio ao caos? Como ter tranquilidade enquanto tudo parece estar desmoronando?”. A incerteza permeia a sociedade brasileira, mas a triste verdade é que sempre foi assim. O Brasil nunca enfrentou um cenário em que tudo estava totalmente alinhado e pronto para crescer. No entanto, apesar do caos, nós crescemos, o brasileiro é um sobrevivente.

A redemocratização do Brasil, pós-ditadura militar, trouxe esperança de um futuro mais livre, mas a história subsequente foi um ciclo de avanços e retrocessos. A crise da hiperinflação e os planos econômicos fracassados, como o Plano Cruzado e o confisco da poupança de Collor, exemplificam a incapacidade do Estado de controlar a economia através de medidas coercitivas. O Plano Real de FHC trouxe estabilidade, mas as reformas para consolidar a liberdade econômica foram negligenciadas.

A chegada de governos populistas, com a expansão de programas sociais que criaram dependência do Estado, e a explosão de escândalos de corrupção como o Mensalão e o Petrolão, culminaram em mais um impeachment, expondo a fragilidade de um sistema político com poder excessivo.

O governo Temer trouxe reformas necessárias. A eleição de Bolsonaro reacendeu a esperança por políticas mais liberais. A seleção de uma equipe técnica muito qualificada reforçou isso. Mas a pandemia, a comunicação ineficiente e o constante desenvolvimento por parte dele de crises desnecessárias diluíram essa promessa. Lula venceu a eleição por demérito do adversário, e a polêmica anulação de seus processos pelo STF reforçou também a sensação de impunidade.

No Brasil é mais grave protestar com batom ou fazer piadas dentro de um teatro privado do que roubar milhões dos cofres públicos. Atualmente, o país vive sob um governo perdido e despreparado, no qual a falta de responsabilidade fiscal é compensada com ainda mais impostos. Vivemos a era da polarização política de dois populistas focados em projetos pessoais, vivemos tempos difíceis. Nossa liberdade individual, econômica e de expressão está ameaçada.

Contudo, apesar de um cenário político instável, o Brasil cresceu ao longo de todos esses anos. A força do empreendedorismo superou a intervenção e a ineficiência estatal. A história mostra que a prosperidade vem da liberdade, não da coerção, e que o planejamento centralizado e o populismo são entraves ao progresso. A resposta para o empresário é clara: a prosperidade virá não por causa dos governos, mas apesar deles.

É crucial proteger-se, e seus investimentos precisam estar protegidos de cenários instáveis. A esperança reside na nossa capacidade de perseverar e lutar por um ambiente em que o Estado proteja a liberdade individual em vez de sufocá-la. A ascensão de uma terceira via, focada na liberdade, é a nossa melhor aposta para 2026. Há esperança de tempos melhores.

*Stefano Wigner Tremea é gestor de patrimônio e investimentos, associado do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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