fbpx

Ativista presa por Maduro completa um ano no maior centro de tortura da América Latina

Ao longo desse ano, o LOLA tomou uma série de ações para denunciar o caso. Confira abaixo
Maria Oropeza - LOLA

Compartilhe

Nesta quarta-feira (6), completa-se um ano da prisão arbitrária de María Oropeza, ativista venezuelana e líder da organização internacional Ladies of Liberty Alliance (LOLA). María foi sequestrada pela Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCIM), sem qualquer ordem judicial, por se posicionar contra o regime de Nicolás Maduro.

À época de sua prisão, María trabalhava na campanha presidencial de María Corina Machado — principal figura da oposição venezuelana, vencedora das primárias de 2023 e declaradamente contrária ao regime chavista. María Corina tem sido alvo sistemático de perseguições por parte do governo, sendo inabilitada politicamente e tendo membros de sua equipe, como María Oropeza, reprimidos com violência.

Durante os primeiros meses após o sequestro, a família de María ficou sem notícias. Apenas após mais de dois meses, sua mãe conseguiu visitá-la e confirmou que María está detida no El Helicoide — conhecido como o maior centro de tortura da América Latina. Segundo informações obtidas pelo LOLA Brasil em contato direto com a família, atualmente os familiares têm conseguido visitá-la quinzenalmente, com o regime cumprindo essa obrigação até o momento.

Em agosto de 2024, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) emitiu a Resolução 46/2024 concedendo medidas cautelares em favor de María Oropeza, reconhecendo que seus direitos estão em grave risco de danos irreparáveis. A resposta do regime, no entanto, foi ignorar o prazo dado pela comissão e acompanhada por uma intensificação dos esforços de intimidação. A DGCIM chegou a divulgar um vídeo de María sob custódia, numa tentativa de controlar a narrativa e deslegitimar a pressão internacional.

Ao longo desse ano, o LOLA tomou uma série de ações para denunciar o caso: apresentou petições à CIDH, organizou campanhas de arrecadação de fundos para a família e promoveu manifestações e ações de visibilidade em diversos países. No Brasil, líderes do LOLA também foram a Brasília para levar o caso às autoridades nacionais, com agendas na Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados e no Ministério das Relações Exteriores. Recentemente, Sâmila Monteiro oficiou a Assessoria Especial da Presidência da República, solicitando uma ação mais efetiva da diplomacia brasileira no caso de María Oropeza, em busca de um posicionamento mais contundente e da promoção de esforços diplomáticos que possam garantir a sua liberdade.

“María é nossa amiga. Ver alguém que admiramos ser sequestrada por uma ditadura simplesmente por defender a liberdade de seu povo é revoltante. É um lembrete brutal do que regimes autoritários fazem com quem ousa pensar diferente. Não vamos descansar enquanto María estiver atrás das grades”, afirma Letícia Barros, presidente do LOLA Brasil.

Agora, no marco de um ano desde sua prisão, o LOLA lança uma nova campanha internacional de conscientização, buscando reacender a atenção da imprensa, pressionar o regime e mobilizar autoridades e sociedade civil em favor de sua libertação.

O LOLA Brasil convida autoridades, ativistas e cidadãos comprometidos com a liberdade de expressão a se unirem a essa causa.

Assine o Boletim da Liberdade e tenha acesso, entre outros, às edições semanais da coluna panorama

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?