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Santa Catarina: qualidade de vida e liberalismo econômico, como o estado atraiu o Brasil

Santa Catarina

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Por Camilla Teixeira*

Os dados mais recentes do Censo sobre migração, divulgados em junho de 2025, refletem o que muitos catarinenses já sabiam: o estado se tornou um dos destinos mais desejados para quem busca qualidade de vida no Brasil. Santa Catarina liderou o ranking nacional de saldo migratório positivo entre 2017 e 2022, recebendo mais de 500 mil pessoas de outros estados. O fenômeno não é acidental. É resultado direto de um modelo de gestão pública que aposta no protagonismo da iniciativa privada, na eficiência da máquina pública e em políticas voltadas para fomentar o empreendedorismo.

Esse debate sobre o aumento expressivo da população migrante em Santa Catarina ganhou força nas ruas e nas redes sociais nas últimas semanas. Alguns veem nisso um desafio; outros, como eu, uma oportunidade. Mas o ponto central que precisa ser levantado é: o que leva milhares de pessoas a abandonarem suas cidades, suas vidas e se mudarem para cá? A resposta está nos pilares que sustentam o desenvolvimento catarinense e que hoje colocam o estado entre os melhores do país em diversos indicadores.

Santa Catarina possui o segundo maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil. Esse resultado não vem apenas de políticas sociais tradicionais, mas de um ecossistema que une liberdade econômica, responsabilidade fiscal e foco no setor produtivo. O IDH elevado é reflexo da alta escolaridade, da longevidade da população e da renda per capita acima da média nacional. E tudo isso está diretamente ligado ao ambiente que o estado oferece para empreender, trabalhar e viver com segurança.

A cultura empreendedora de Santa Catarina é um dos seus maiores diferenciais. Ela está enraizada na história do estado e foi moldada por uma população que sempre precisou trabalhar duro para conquistar seus objetivos. Desde os tempos da colonização, muitos imigrantes chegaram com pouco ou quase nada e construíram seus caminhos com base na autonomia, na organização e na persistência. Muitas das empresas que hoje são referência começaram como negócios familiares, movidos por necessidade, esforço coletivo e pela convicção de que era possível prosperar. Esse espírito continua vivo e se reflete na diversidade econômica catarinense, sustentada por pequenas e médias empresas espalhadas por todo o estado. Mais do que um legado de origem, é uma mentalidade de ação e realização que se consolidou ao longo das gerações.

Enquanto muitos lugares no Brasil ainda apostam em um estado inchado e intervencionista, Santa Catarina caminha na direção contrária. Aqui, há um esforço constante para simplificar processos, reduzir burocracias e permitir que o setor privado cresça. Órgãos como a Junta Comercial do Estado (JUCESC) são referência nacional em digitalização e agilidade na abertura de empresas. O investimento em tecnologia não acontece apenas nas startups, mas também dentro da administração pública, que tem apostado na automação de processos e integração de sistemas.

Essa postura não é meramente ideológica. Ela responde a uma sociedade que valoriza o trabalho, a geração de riqueza e a autonomia individual. Em vez de esperar que o estado resolva todos os problemas, os catarinenses preferem um governo que não atrapalhe quem quer empreender, inovar e empregar.

Além disso, o compromisso com o equilíbrio fiscal é levado a sério. O discurso de um estado mais enxuto não fica apenas na promessa de campanha. Os sucessivos governos catarinenses mantêm uma gestão que busca eficiência e responsabilidade na alocação de recursos, evitando desperdícios e garantindo previsibilidade para o setor produtivo.

O resultado disso também aparece na segurança pública. Santa Catarina tem uma das menores taxas de homicídio do país. A combinação de inteligência policial, integração entre forças de segurança e investimentos em tecnologia contribui para a redução da criminalidade. Mas há outro fator importante: um estado que gera empregos, oportunidades e mobilidade social naturalmente enfrenta menos desafios ligados à violência.

Outro aspecto importante é a representação política. Ter políticos que defendem pautas econômicas liberais faz diferença. Em Santa Catarina, a maioria da bancada federal compartilha dessa visão, o que ajuda a manter o estado alinhado a políticas que favorecem o seu crescimento. A escolha de representantes comprometidos com o desenvolvimento econômico, que têm um olhar crítico sobre a gestão dos recursos públicos e votam com responsabilidade fiscal, é essencial para garantir um ambiente mais estável, com mais oportunidades e melhor qualidade de vida. Quando o eleitor escolhe parlamentares com essa visão, ele fortalece um ciclo virtuoso de crescimento sustentável e respeito à sociedade.

A experiência de Santa Catarina mostra que, na prática, o liberalismo econômico, bem aplicado, funciona. O liberalismo melhora a qualidade de vida das pessoas e fortalece a sociedade como um todo. Ele mostra que é possível ter um Estado funcional, que não se concentra em servir a si mesmo, mas em criar as condições para que a população possa prosperar. Esse estado é um reflexo concreto de como o liberalismo pode ser a solução para melhorar a qualidade de vida das pessoas.

O Brasil precisa buscar caminhos mais eficientes para promover desenvolvimento e melhorar a qualidade de vida da população. Para isso, é urgente que a gestão pública passe a olhar com mais atenção para modelos que têm dado certo. O liberalismo, quando aplicado com seriedade, responsabilidade fiscal e foco na população, não é uma teoria distante: é uma direção possível para construir uma sociedade mais justa, com mais oportunidades e com um Estado que funcione de verdade. Mais do que um modelo regional, Santa Catarina representa um convite ao Brasil: repensar o papel do poder público e reconhecer que a liberdade, aliada à boa gestão, é uma aliada do desenvolvimento social.

Camilla Teixeira é cientista política e diretora de núcleos do Ladies of Liberty Alliance Brasil

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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