A Sou do Esporte anunciou nesta semana uma iniciativa histórica que pode revolucionar a compreensão do papel econômico do esporte no Brasil. Trata-se do cálculo do Produto Interno Bruto (PIB) do esporte no país. De acordo com a instituição, essa iniciativa preenche uma lacuna há muito tempo existente na análise do setor.
O projeto, que contará com a expertise da empresa EY, se propõe a examinar minuciosamente a cadeia produtiva do esporte. Além também do investimento público, o impacto no consumo e outros aspectos fundamentais. Segundo Fabiana Bentes, presidente da Sou do Esporte, a meta é fornecer dados concretos que sirvam de base tanto para investimentos privados a longo prazo quanto para a formulação de políticas públicas mais eficazes. “Queremos mostrar o protagonismo econômico do esporte e corroborar como este segmento é importante para o país, dando um norte a todos que investem no esporte para fazê-lo de forma mais clara e perene”, disse Bentes.
Ela complementa dizendo: “vemos as estruturas do esporte pelo país precárias, as escolas deficitárias em oferecer o esporte para crianças e jovens e as empresas criando estratégias momentâneas sem criar um ciclo de investimento sustentável no esporte”, ressaltou Fabiana.
Reforços na Sou do Esporte
A ausência de um estudo abrangente sobre o impacto econômico do esporte tem sido uma lacuna notável. Inclusive quando comparado a setores como Cultura, bem como Indústrias Criativas, que já contam com análises similares. Lars Grael, medalhista olímpico e embaixador do projeto, ressalta a importância de preencher essa lacuna.
“Todo investimento de empresas privadas e do poder público no esporte retorna em termos de consumo, turismo, saúde, educação, geração de emprego e segurança pública, sendo uma valiosa ferramenta de crescimento econômico desenvolvimento social para o país. Além disso, recentemente foi criado o Plano Nacional do Desporto mas que não observa de forma clara como o recurso chegará para o desenvolvimento do esporte no país, por isso este projeto é tão importante para o esporte e para o país”, destacou Lars Grael.
Além de abranger o futebol, o projeto incluirá uma análise abrangente de modalidades olímpicas, paralímpicas, e-Sports, esportes não olímpicos e desporto militar. Nesse sentido, Paulo Ganime, ex-Deputado Federal que viabilizou a proposta por meio de emenda parlamentar que destinou a verba para o projeto, celebra o feito. “É visível o esporte como força econômica para o país, na minha atuação como deputado, vi nesta iniciativa um projeto estruturante para o esporte, uma ferramenta de impulsionamento social, de inclusão e de geração de negócios, emprego e turismo. O esporte é um negócio, gera lucratividade, e é um dos principais instrumentos para mudar a vida de muita gente”, reforçou Ganime.
Desenvolvido e liderado pela Sou do Esporte, o projeto conta com o apoio de importantes instituições esportivas do país, como o Comitê Olímpico do Brasil, o Comitê Paralímpico Brasileiro e a Liga Nacional de Basquete. O Ministério de Ciência e Tecnologia alocou o projeto dentro de sua estrutura, refletindo seu caráter inovador e estratégico para o desenvolvimento do país.
Com a expectativa de trazer à tona uma compreensão mais profunda e precisa do impacto econômico do esporte no Brasil, a Sou do Esporte demonstra seu compromisso com o fortalecimento e a promoção do setor esportivo, visando um futuro mais próspero e sustentável para todos os envolvidos.
Sobre a instituição
Fundada em 2015 pela jornalista Fabiana Bentes, a Sou do Esporte é uma associação sem fins lucrativos dedicada a fortalecer o ambiente de negócios no esporte brasileiro. Com nove anos de atuação, a organização tem reconhecimento pelo Prêmio Sou do Esporte, que celebra diversas modalidades esportivas em todo o país.