O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repudiou neste sábado (7) os ataques terroristas do Hamas contra Israel. Entretanto, o presidente relativizou a ação do grupo extremista ao escrever sua mensagem em tom adversativo. Lula defendeu que é necessário trabalhar por um “Estado Palestino economicamente viável” e “dentro de fronteiras seguras”.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU. Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, publicou em seu perfil no X (antigo Twitter).
Nesse sentido, o senador Sergio Moro (UNIÃO/PR) reagiu a nota do governo. “Ruim a nota do Governo Lula. A hora é de condenar, sem condições ou ponderações, os ataques terroristas do grupo Hamas. Mais uma vez, até em situações extremas, a diplomacia presidencial falha. Não é à toa que Hamas parabenizou Lula pela eleição”, escreveu Moro.
Controvérsias
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro saiu em defesa de Israel e associou o atual presidente Lula ao Hamas. Bolsonaro afirmou que o grupo parabenizou Lula pela vitória eleitoral de 2022.
“Pelo respeito e admiração ao povo de Israel repudio o ataque terrorista feito pelo Hamas, grupo terrorista que parabenizou Luís Inácio Lula da Silva quando o TSE o anunciou vencedor das eleições de 2022”, escreveu Bolsonaro. O site oficial do Hamas publicou uma nota congratulando Lula pela vitória contra Bolsonaro nas urnas.
O texto declara que Basim Naim, líder político do Hamas, parabeniza o “guerreiro da liberdade Luiz Inácio Lula da Silva por sua vitória na eleição brasileira” após derrotar seu rival e então presidente, Jair Bolsonaro, em um segundo turno eleitoral “ferozmente disputado”.