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CPMI do 8 de janeiro: fazendeiro acusado de financiar atos fica em silêncio

Bedin havia pedido ao STF para não comparecer à CPMI, mas Toffoli permitiu apenas que ele não respondesse a certas perguntas
Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

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A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Câmara dos Deputados, que investiga os atos de 8 de janeiro recebeu o empresário mato-grossense Argino Bedin.

Bedin é sócio de fazendas de soja e está sendo acusado de financiar os eventos que findaram no 8 de janeiro. O fazendeiro, no entanto, ficou calado durante o depoimento como a maioria dos convocados que recorrem ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Bedin havia pedido ao STF para não comparecer à CPMI, mas o ministro Dias Toffoli só permitiu que ele não respondesse a perguntas que o incriminassem.

Caminhões

Argino não fez o uso do tempo inicial de 15 minutos para se defender. Ele também, não respondeu à relatora, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), sobre quantos caminhões de propriedade de sua família bloquearam rodovias e vieram à Brasília para os protestos.

A relatora chegou a citar o relatório da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) que registou que 272 caminhões chegaram ao Distrito Federal naqueles dias. Desses, 72 eram da cidade de Sorriso, em Mato Grosso, onde vive Argino Bedin, e 16 caminhões pertenciam a ele ou a familiares.

Eliziane Gama exibiu, ainda, um vídeo mostrando uma situação onde os bloqueios feitos por caminhões impediram a passagem de uma criança que precisava de uma cirurgia de emergência no olho.

Segundo ela é preciso se atentar ao patrimônio do empresário, que classificou como “império”, e lamentou que uma caminhada construída com trabalho seja “finalizada com uma investigação por incentivo a atos antidemocráticos”.

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