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Na CPI do MST, Stédile falou de novas invasões e relação com Lula

Perguntado se há previsão de novas ocupações de terras este ano, Stédile respondeu que "isso depende muito"
Tomada de Depoimento. Líder do MST - Movimento dos Trabalhadores Sem Terra - MST, João Pedro Stedile
Foto: Myke Sena / Câmara dos Deputados

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A chegada de João Pedro Stédile, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), ao colegiado teve bate-boca e troca de empurrões no corredor que dá acesso às comissões. Cerca de cem ativistas que se identificam com roupas e bonés do MST tentaram invadir o plenário que só tem capacidade para 80 pessoas, entre parlamentares, assessores e profissionais da imprensa.

Na noite de segunda (14), parlamentares governistas alinharam as perguntas que serão feitas a Stédile, de forma a deixar com que ele transpareça um “tom propositivo” em relação às questões relativas à Reforma Agrária.

O líder do MST seguiu as orientações de seus advogados durante seu testemunho, expondo as suas divergências com Lula. Defendendo que o grupo tem o direito de tecer críticas ao governo, justamente, por ter ajudado a elegê-lo.

Perguntado se há previsão de novas ocupações de terras este ano, Stédile respondeu que “isso depende muito”.

Durante o depoimento o Deputado Kim Kataguiri (DEM), questionou se Stédile abriria o sigilo bancário para CPI o depoente fez uma pausa e consultou o seu advogado, mas Stédile afirmou que não declara imposto de renda, apenas a sua mulher.

O líder do Movimento dos Sem Terra afirmou durante a CPI do MST que vai defender o governo Lula dos Inimigos que seguindo ele são compostos pelo Banco central, latifundiários e agronegócio.

Em nome do Movimento dos Sem Terra, a instituição ABRAPA recebeu R$ 220 mil do Ministério  da Cultura, R$ 190 mil da Petrobras, R$ 350 mil do BNDES. Além disso, recebeu mais R$ 630 mil e quase R$ 2 milhões em recursos públicos. Questionado sobre a entidade, Stédile disse que desconhece os valores, a empresa e a marca registrada do MST que faz as vendas de bonés, camisetas e demais produtos com a marca do MST.

Durante a fala do Deputado Delegado Eder Mauro (PL/PA), os ânimos se exaltaram. Ao confrontar ações realizadas pelo MST, o advogado de Stédile e a bancada do governo interrompeu a fala do deputado. Ao chamar o líder do movimento de “vagabundo”, a Deputada Talíria Petrone (PSOL/RJ) disse que Mauro é acusado de tortura. O caso será encaminhado para o Conselho de Ética da Câmara.

Para o Deputado Evair Vieira de Melo (PP), as táticas utilizadas pelo MST são as mesmas da FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Ainda durante o depoimento, o Deputado Rodolfo Nogueira (PL/MS) se Stédile é amigo do presidente Lula, Stédile respondeu que “que as relações pessoais são de foro íntimo, mas tem orgulho de serem companheiros”.

Pequenas ocorrências nos assentamentos são resolvidas “do jeito deles” de acordo com João Pedro Stédille. “No acampamento é proibido de tomar cachaça, porque se algum bêbado se meter em algum barraco dá merda”, afirma Stédile durante entrevista no Flow Podcast, o trecho foi exibido durante a CPI e confrontado com o depoente.

João Pedro Stédile afirmou durante a CPI que há um Código de conduta dentro do Movimento. Além da cobrança de depósitos em formato de “caixinha” por membros. Questionado por qual motivo o governo do PT em 16 anos no poder não assentou as famílias que participam do Movimento e de acordo com Stédile, “esses assentados são uma herança do governo Temer e Bolsonaro”. Confrontado, caso alguém tentasse entrar em sua casa ou terras, o depoente afirma que chamaria a polícia para retirar os invasores.

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