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Geração de empregos tem piores números desde 2020

A recuperação econômica pode estar nas mãos dos empregos informais
Taxas de emprego cairam
Foto: Adolfo Félix/Unsplash

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O Brasil fechou junho 2023 com a criação de 157 mil empregos formais. Isso significa uma queda de 45% em relação a junho do ano passado, que foram 285 mil empregos formais. Os dados são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

Em relação ao acumulado do primeiro semestre, o país registrou saldo de pouco mais de 1 milhão de vagas, o resultado mais baixo desde 2020, quando o mercado sofreu com os impactos da Covid-19. O setor da construção civil foi o que menos enfraqueceu em comparação aos outros setores da economia do país.

O ministro Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, colocou a culpa pelo resultado nas ‘altas taxas de juros’. “Não fosse o comportamento inadequado do Banco Central, poderia ser, no mínimo, 189 mil em maio. Isso se repete também em junho. Não fosse essa inadequação esquizofrênica dos juros no Brasil, poderíamos estar falando da ordem de 200 mil novos empregos”, declarou. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, continua recebendo ataques dos aliados de Lula, mesmo explicando que a solução são reformas estruturantes.

Taxas caindo desde 2022

Segundo o economista Renan Pieri, a taxa de desemprego no Brasil vem caindo desde o segundo trimestre de 2022. “Não só isso, mas também o número de desalentados – pessoas que gostariam de trabalhar, porém não procuram emprego por achar que não encontrariam – caiu expressivamente nos últimos meses. Nós já chegamos ao número de desalentados acima de cinco milhões de pessoas em 2020. Hoje estamos na faixa dos três milhões, o que significa que as pessoas estão mais otimistas para procurarem trabalho e que as oportunidades estão mais abundantes”, concluiu.

Pieri diz que é possível notar um processo de recuperação econômica fortalecido principalmente no setor informal; cerca de 25 milhões de trabalhadores independentes no Brasil. Em relação aos juros, citados pelo ministro, está no patamar atual desde agosto do ano passado.

“O que o revela que a respeito dos juros estarem altos a gente vem gerando um número significativo de postos de trabalho. É certamente desejável em toda economia ter uma taxa de juros mais baixa. Uma vez com juros menores você tem um crédito mais barato, as famílias podem se endividar de maneira mais tranquila pra fazer aquisições, as empresas conseguem investir com custo de capital mais baixo e tudo isso beneficia a atividade econômica, geração de empregos, mas os juros estão altos por conta das expectativas dos agentes econômicos quanto a inflação, e certamente uma redução de juros expressiva nesse contexto”, explica o economista.

A expectativa é gerada principalmente devido a inflação que obteve melhora, mas ainda não produz a possibilidade da redução das taxas de juros de forma expressiva.

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