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A Farsa do Estado Salvador

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A condição patológica da “síndrome do salvador” é a pessoa, ou nesse caso, a figura a qual se remete ao entendimento de que é capaz de salvar a si ou a outrem de uma situação que muitas vezes pode ser impossível, ou ainda, desnecessária. Dentro do contexto social brasileiro, inúmeras vezes visualizamos notícias que denunciam uma latente inação estatal. Visualizamos comentários sobre tragédias sociais, onde se culpa a figura quase metafísica e imaterial do “Estado”, que tem a suposta obrigação de onipresença, e o dever de atuação salvatória quase divina nas mais diversas facetas da sociedade. Teoricamente, resolvendo os mais curiosos e nefastos casos, sendo parâmetro ideal de solvência, capaz de atuar na maior pluralidade de problemas de maneira assertiva e permanente.

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Desde a evolução da capacidade funcional estatal e o avanço da tecnologia burocrática moderna, visualizamos no manto do estado de bem estar-social “abrasileirado”, um contexto de capacidade quase transcendental e providencial de competência e habilidade remontada à figura do governo, do político e do burocrata no enfrentamento de problemas muitas vezes individuais ou de um pequeno segmento de pessoas. Problemas esses que, em contextos ideais, seriam resolvidos pelas próprias pessoas, passam a ser delegados à pesada tutela da mão estatal.

 

Vislumbramos no Brasil, então, uma série de delegações e competências exclusivas ao Estado Brasileiro que, no seu próprio passo, além de não conseguir resolver problemas sociais, passa a também coibir outros atores sociais de intervirem e acharem uma solução fidedigna ao caso concreto e à problemática social contundente. Ao aguardamos uma resolução através da atual burocracia do Estado Brasileiro, muitas vezes esperamos pelo nosso próprio fim, sem que o problema saia da gaveta de um burocrata.

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Seja na saúde, comércio, segurança ou educação, aguardar pela expectativa de resolução dentro do atual Estado Brasileiro pode assinalar a supressão de uma importante característica humana presente ao longo dos séculos: a criatividade e a inovação individual na busca de uma resolução a um grande problema social.

 

*Filipe Barros é membro da UJL no Rio Grande do Norte

Aviso

As opiniões contidas nos artigos nem sempre representam as posições editoriais do Boletim da Liberdade, tampouco de seus editores.

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