O Brasil possui 214 milhões de habitantes e mais da metade da população é incapaz de ler e compreender um texto básico, o que resulta em 85% dos universitários recém-formados não conseguirem um emprego na área por pelo menos seis meses após a graduação.
É um dado preocupante, pois essas pessoas serão 30% mais pobres pelo resto de suas vidas, uma vez que o seu progresso na vida foi prejudicado pelo debate ideologizado da educação. É o resultado direto de tratar o tema com ideologia, corporativismo e políticas baseadas em boas intenções que negam as aparências e disfarçam as evidências.
A Universidade Federal do Ceará chegou a perder um investimento milionário da Samsung que queria instalar um laboratório no campus para pesquisas em ciência de dados e inteligência artificial, por pressão do DCE, que ocupou a reitoria contra o que eles entenderam ser a privatização da instituição.
A esquerda avoca para si o papel de única defensora possível da educação, mas fracassa de forma retumbante até mesmo na defesa das Universidades que geram seus próprios recursos.
A Universidade Nacional de Brasília gerou caixa de R$168 milhões em 2018 e foi obrigada, por força de Lei, a devolver R$58 milhões para o governo federal. É inadmissível que as IES não possam dispor integralmente dos recursos arrecadados por conta própria, mas a militância ideologizada não está preocupada com isso, na real estão se lixando para a educação, só querem lacrar e o resultado é este: O Brasil tem uma das piores educações do mundo.
Eles ignoram as evidências. Todas as zonas de desenvolvimento do mundo tiveram em comum a junção de forças denominada TRÍPLICE HÉLICE DA INOVAÇÃO: iniciativa privada, poder público e academia, quando trabalham juntas em harmonia, fazem milagres.
Basta olhar para o que aconteceu na pandemia, na Ilha do Silício em SC, no Porto Digital de Recife, no polo de desenvolvimento de Campina Grande, dentre outros.
E esse é o dever moral dos liberais: defender a tríplice hélice da inovação, pois se deixarmos o debate sobre educação refém da esquerda, perseguiremos por mais 80 anos a ideologia do fracasso.