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Influenciadores que criticam Bolsonaro negam tese de censura

Na avaliação de jornalistas e influenciadores mais críticos ao presidente, o que há é a tentativa de criar uma narrativa para confundir o eleitor ou descredibilizar o Tribunal Superior Eleitoral
Foto: Marcelo Casall Jr. / Agência Brasil

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Um conjunto de personalidades, influenciadores e veículos de comunicação mais críticos ao presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, ou mesmo apoiadores diretos da campanha de Lula (PT) negam compreender como censura algumas das decisões tomadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O influenciador Felipe Neto, um dos mais expoentes das redes sociais e defensor da candidatura do petista, afirmou que “a narrativa da censura pelo TSE ganhou muita gente” e que isso é uma “mentira, um engodo”. [1]

Na sequência, explicou que a Jovem Pan, um dos veículos que se posicionam como censurados, na prática teve apenas contra si uma decisão com base em lei que prevê que emissoras de rádio e televisão não poderiam “difundir opinião favorável ou contrária a candidato”. Como se sabe, a Jovem Pan é conhecida pelo posicionamento mais favorável a Bolsonaro. [2]

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“O TSE não está censurando à torto e à direita. Estamos, na verdade, sendo bombardeados por uma imensa onda de desinformação. O objetivo desses ataques virulentos de contrainformação não é convencer as pessoas de uma mentira. […] É tanta mentira circulando ao mesmo tempo que as pessoas ficam atordoadas, confusas”, avaliou o jornalista e analista político Pedro Doria, do canal “Meio”. Doria se classifica como um liberal.

Segundo ele, “manter o TSE sobre pressão tem dois objetivos: trabalhar para dizer que a corte tem um lado, [que] trabalha para a campanha de Lula, o que força o TSE a retirar do ar coisas legítimas que o PT está publicando [para criar a imagem de isento]; [e] o segundo objetivo é criar a impressão em um número grande suficiente de pessoas que o TSE é parcial mesmo e que, caso Bolsonaro seja derrotado, ele já as terá previamente convencido que a eleição foi roubada”.

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“O bolsonarismo está preparando o discurso de que a imprensa americana chama de ‘the big lie’, a ideia de que Donald Trump venceu a eleição e que levou à invasão do Capitólio”, pontuou. [3]

Sobre a produtora conservadora Brasil Paralelo, Pedro Doria avaliou que a empresa “faz parte da realidade paralela do bolsonarismo”.

“A corte decidiu que não, que eles não podem botar mais confusão no ar, não nesse cenário que estamos vivendo. Estamos no meio do caos”, opinou, criticando ainda as produções do Brasil Paralelo. A empresa, como se sabe, teve seu canal do YouTube desmonetizado e um documentário que seria lançado na última semana da campanha só poderá ser lançado após o segundo turno. [4]

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Do mesmo canal “Meio”, a jornalista Mariliz Pereira Jorge também criticou a avaliação de que houve, em alguma medida, cesura prévia.

“Se fosse como tem sido circulado nas redes sociais e como tem sido noticiado em alguns veículos, a primeira impressão que fica é que se trata de um caso de censura. Em teoria, o que estaria acontecendo é que o TSE estaria agindo previamente em relação a um fato futuro ou desconhecido. […] Eu estaria ao lado da Jovem Pan, apesar de discordar deles, se fosse um caso de censura prévia. Mas não é. Eles estão apenas sofrendo os rigores da lei”, opinou. [5]

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