O Partido Liberal, sigla em que o presidente Jair Bolsonaro deverá concorrer à reeleição, entrou neste sábado (26) com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral contra o festival de música Lollapalooza. A alegação foi a realização de propaganda eleitoral antecipada para o ex-presidente Lula. [1]
Durante o festival, artistas como Pabllo Vittar criticaram o mandatário da República e exaltaram o líder petista, que pretende concorrer novamente ao Planalto e é o principal adversário do presidente nas pesquisas de intenção de voto para outubro. Pabllo chegou a exibir uma bandeira de Lula em sua apresentação.
A advogada Caroline Lacerda, sócia do escritório que assessora a campanha de Bolsonaro, disse que o evento festival de música alternativa precisa “instruir os artistas”. “Neste momento do ano eleitoral, não é permitido fazer exaltação a nenhum candidato e também não é permitido falar mal de nenhum candidato”, observou.
Caroline pontuou ainda que “a lei eleitoral veda tanto a propaganda antecipada quanto a propaganda negativa. Por descumprimento da lei, a gente pediu ao TSE para notificar o evento para que ajuste a conduta dos artistas que ainda forem fazer shows hoje e amanhã”.
De acordo com a ação, as manifestações políticas dos artistas podem ser equiparadas a showmícios, configurando irregularidade. “O ato induz a concluir que o beneficiário [Lula] seria o mais apto [nas eleições], posto que conta com o apoio de artista renomado e gritos de apoio do público”, alega, apontando a multa como uma possível punição por reincidência.