A jornalista Vera Magalhães fez uma crítica ao Movimento Brasil Livre em sua coluna publicada no jornal O Globo nesta terça-feira (8). Ela afirmou que o coordenador do movimento Renan Santos incitou a uma radicalização do público durante uma transmissão ao vivo. [1]
O texto da jornalista dizia que o caráter racista diferencia “o nazismo e o fascismo de ideologias de esquerda citadas com falsa equivalência” pelo podcaster Monark e o deputado Kim Kataguiri, ligado ao MBL. Para ela, é preciso combater a “radicalização travestida de defesa de liberdade de expressão”.
Na opinião de Vera, o MBL é um dos difusores dessa radicalização. Um exemplo citado em seu artigo foi o de um vídeo em que Renan Santos “faz uma “brincadeira” ao promover um curso do grupo, dizendo que ele “ensinaria” os inscritos a alvejar “democratas” com armas”.
Para a jornalista, a piada “funciona (…) como apito de cachorro para um público que só consome conteúdo de política por meio desses canais sem qualquer compromisso com a informação que difundem ou responsabilidade por manter as balizas civilizadas do debate”. Ela também aponta que o MBL usa “símbolos da extrema-direita”.
Em vídeo publicado nesta sexta-feira (11), Renan Santos mencionou que a jornalista participou de eventos do MBL. Ele afirmou que o mote do comentário dela foi uma referência às divisões convencionadas pelo movimento para seus alunos do projeto da Academia MBL, inspiradas em símbolos que remetem a cidades da Antiguidade clássica. [2]
Uma dessas divisões, chamadas de “casas”, é Esparta, voltada para a formação de lideranças fortes. Ele explicou que fez a piada para ironizar um comentário de um crítico que argumentou que adotar Esparta como símbolo seria uma incitação à violência.