Em artigo publicado nesta terça-feira (18) no jornal “Folha de S. Paulo”, o pré-candidato à presidência da República pelo Partido Novo, Felipe d’Avila, expôs em mais detalhes o pensamento econômico que pretende, caso eleito, levar ao Palácio do Planalto.
No texto – que preferiu assinar em próprio nome, em vez de optar por algum economista parceiro -, d’Avila destacou que “o Brasil está cansado de presidente que precisa de Posto Ipiranga”, uma referência a políticos que, como Bolsonaro, preferem terceirizar a pauta econômica a especialistas.
Na sequência, avaliou que “o populismo petista e bolsonarista destruiu a economia” e “deixou-nos um trágico legado de inflação alta, desemprego recorde, 20 milhões de brasileiros de volta à miséria e mais de uma década de estagnação”.
Uma das soluções para o Brasil, para d’Avila, é o enfoque ambiental. Na avaliação dele, há necessidade de a política ambiental ser tratada como política de Estado e que, para isso, entre outras medidas, é preciso “criar um mercado doméstico de carbono” e “apoiar o crescimento do agronegócio ambiental”.
Na sequência, d’Avila sustentou ainda o que chamou de “abertura unilateral da economia” ao comércio mundial.
Crítico a barreiras protecionistas, tarifárias e burocráticas que “aniquilaram a produtividade e a competitividade do Brasil”, prometeu uma “abertura gradual” e que “em quatro anos seremos uma economia aberta e competitiva”.
Na avaliação dele, essa mudança “estimulará o setor privado a pressionar o Congresso a votar as reformas de Estado, como a tributária e a administrativa”, que as classificou como “vital” e “imprescindível”.
O terceiro pilar de seu programa, por sua vez, seria um amplo programa de privatizações. Nesse contexto, o pré-candidato do Partido Novo defendeu “vender as estatais intocáveis” e mencionou seus alvos: Petrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e Eletrobrás.
“Elas representam 80% do valor das estatais”, pontuou, dizendo que “não dá para fazer privatização acanhada, como a venda de subsidiárias”.
Os recursos oriundos das privatização, por sua vez, devem, para ele, formar “um fundo soberano […] para investir em outras prioridades, como educação, pesquisa e desenvolvimento”.
Ao fim, d’Avila ressaltou a importância de um “orçamento transparente” e criticou a existência de “orçamento secreto e orçamento paralelo de estatais”.
“Sem a construção desses pilares, o Brasil está condenado a continuar refém do baixo crescimento, da pobreza e do PCC: patrimonialismo, corporativismo e clientelismo”, concluiu o pré-candidato.
Em novembro, o Boletim da Liberdade entrevistou Felipe d’Avila. Confira: