O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, destacou em suas redes sociais uma crítica à espetacularização do processo penal.
Mencionando artigos de Élio Gaspari e Fernando Schüler, o ministro disse que “o uso midiático das ferramentas de persecução penal ainda persiste” e que a Lava Jato “se transformou em uma fraquia de espetacularização”.
“Os mecanismos de responsabilização contra o abuso de autoridade precisam funcionar com precisão. O sistema criminal pode – e deve – funcionar respeitando as garantias individuais e a integridade da imagem dos investigados. Não se faz justiça com linchamento midiático”, escreveu. [1]
A fala foi elogiada por Ciro Gomes, do PDT, pré-candidato à presidência da República e que na última semana foi alvo de uma operação de busca e apreensão sobre fatos ocorridos muito antes.
“O sempre lúcido ministro Gilmar Mendes faz um importante alerta sobre o uso político, espetacularização da justiça e abuso de poder. A ação abusiva e manipuladora contra mim mostra que o país ainda não se livrou desta mal já batizado como lavajatismo”, escreveu Ciro. [2]