O Ministério do Trabalho, extinto, sobretudo, com a fusão de diversas pastas no início do governo Bolsonaro para ficar sob o comando central de Paulo Guedes, da Economia, pode ser recriado em breve.
A informação foi publicada nesta quarta-feira (21) pela jornalista Natuza Nery, da Globo. Também na manhã desta quarta, o presidente Jair Bolsonaro confirmou, sem maiores detalhes, que está trabalhando “em uma pequena reforma ministerial”. [1][2]
De acordo Natuza, o presidente tem por finalidade última dar mais espaço na Esplanada dos Ministérios para a base parlamentar que sustenta o governo no Congresso, visando “conter a vulnerabilidade” do presidente.
Com isso, Onyx Lorenzoni (DEM/RS), atual ministro da Secretaria-Geral do governo, poderia assumir o novo Ministério do Trabalho, abrindo espaço para um nome do chamado “centrão” assumir um cargo no Palácio do Planalto. O preferido é o senador Ciro Nogueira (PP/PI).
O governo enfrenta uma fase ruim, acuado em meio a um cenário de aumento da pressão política causada, especialmente, pela CPI da Pandemia, pelo aumento da impopularidade do presidente e pela eclosão de mais protestos de rua favoráveis ao impeachment.
Como noticiado pelo Boletim da Liberdade, depois dos atos de esquerda, movimentos democráticos e mais liberais marcaram para o dia 12 de setembro a primeira manifestação nas ruas em favor do impeachment.
O Ministério do Trabalho, por sua vez, é uma das pastas ministeriais mais tradicionais do país. Foi fundada em 1930 e funcionou durante 88 anos. Em governos de esquerda, a pasta frequentemente era loteada para partidos de inclinação trabalhista.