Os defensores da cannabis medicinal têm um motivo para comemorar. A comissão especial da Câmara dos Deputados que estava debruçada sobre o tema aprovou nesta terça-feira (8) o parecer favorável à aprovação do projeto.
Em tese, por estar em caráter conclusivo, isso significaria que o texto poderia ir direto para o Senado. Mas um grupo de parlamentares recolhe assinaturas para que a pauta seja votada no Plenário.
Ao todo, o texto-base do projeto obteve, de acordo com o site da Agência Câmara, 17 votos favoráveis e 17 votos contrários. O voto decisivo veio do relator, o deputado federal Luciano Ducci (PSB/PR).
De acordo com o substitutivo aprovado na Câmara, o cultivo da cannabis medicinal poderá ser feito apenas por pessoas jurídicas, como empresas, ONGs e associações de pacientes. Além disso, serão proibidos o uso de cigarros, chás e outros itens derivados. [1]
Nas redes sociais, diversos grupos e personalidades liberais destacaram a aprovação. O Livres, que veio se empenhando no tema, rotulou a aprovação na comissão especial como uma “vitória da liberdade” e celebrou os votos positivos dos deputados Tiago Mitraud (NOVO/MG) e Alex Manente (Cidadania/SP), ligados ao grupo.
A reação contrária de grupos conservadores também despertou comentários de liberais.
“Do jeito que os deputados bolsonaristas falam, parece que não existe maconha no Brasil, e só passará a existir se aprovar o PL que regulamenta a produção de cannabis para fins medicinais. Ou falta noção de realidade ou sobra hipocrisia”, disse Mitraud.