A suspensão do ex-presidente dos EUA Donald Trump de redes sociais como o Facebook e o Instagram motivou muitas discussões sobre a liberdade de expressão e o poder das gigantes empresas de tecnologia. Nesta sexta-feira (4), o Facebook – que é dono do Instagram – anunciou que a suspensão permanecerá até pelo menos 7 de janeiro de 2023. [1] [2]
O Comitê de Supervisão da rede social havia solicitado uma decisão final para o caso do Republicano, determinando um prazo de duração da suspensão. Esse órgão é um grupo independente responsável por analisar decisões de moderação da empresa. A suspensão foi estabelecida para durar dois anos, contados a partir do momento em que foi originalmente adotada.
A medida foi aplicada um dia antes da invasão de militantes ao Capitólio, contestando a lisura do processo eleitoral que levou à vitória do candidato do Partido Democrata, Joe Biden. Ao mesmo tempo em que demarcou um prazo, o Facebook também anunciou novas regras que ameaçam de remoção outras figuras públicas e posts de políticos.
De acordo com o regulamento antigo, as falas de políticos eram consideradas como sendo de interesse público automaticamente. A partir de agora, as publicações de políticos serão submetidas aos mesmos critérios que são aplicados a todos os usuários das redes sociais.
“Dada a gravidade das circunstâncias que levaram à suspensão do Sr. Trump, acreditamos que suas ações constituíram uma violação grave de nossas regras que merece a maior penalidade disponível nos novos protocolos de aplicação”, sentenciou o Facebook.
Porém, o estabelecimento do prazo não significa que Donald Trump necessariamente será liberado. “Se determinarmos que ainda existe um risco sério para a segurança pública, estenderemos a restrição por um determinado período de tempo e continuaremos a reavaliar até que o risco diminua”, ponderou o Facebook.