A eleição da nova Assembleia Constituinte do Chile reforçou a percepção de que o país, tido, até então, como o mais liberal da América Latina, deverá mudar de direção.
De um lado, uma notícia positiva: candidatos independentes somaram 65 das 155 cadeiras (42%), reforçando a liberdade de o indivíduo ingressar na disputa política sem filiação partidária. No Brasil, por exemplo, não é garantido esse direito ao cidadão – tema que o Supremo Tribunal Federal deverá enfrentar, em breve, com repercussão geral.
Por outro lado, foi considerada numerosa a ascensão de lideranças de esquerda na Constituinte, enquanto que liberais e conservadores perderam casas na disputa política até em áreas que dominavam.
Ao todo, a aliança governista, de centro-direita, informa a “Folha de S. Paulo”, obteve apenas 37 cadeiras (o equivalente a 24%), enquanto que a esquerda obteve 53 cadeiras (34%). [1]