Bolsonaro: ‘Se algum de nós exagerou, foi no afã de buscar uma solução’
Um dia após afirmar que não irá se vacinar, presidente se mostrou otimista com o imunizante, elogiou a liderança do ministro Pazuello à frente da Saúde e adiantou que Guedes deve liberar 20 bilhões para aquisição
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O Governo Federal lançou na manhã desta quarta-feira (16) em solenidade no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), o Plano Nacional de Vacinação contra a Covid-19. Ainda não foi anunciada a data de início da vacinação, mas o governo reforçou que o programa será nacional e igualitário, sem distinção entre os estados. Com a presença de governadores, parlamentares e ministros, Bolsonaro em sua fala mostrou-se otimista e fez uma mea-culpa. [1]
“Se algum de nós extrapolou ou até exagerou, foi no afã de buscar uma solução. Realmente, [a pandemia] nos afligiu desde o início. Não sabíamos o que era. E nós todos, irmanados, estamos na iminência de apresentar uma alternativa concreta para nos livrarmos desse mal. Esse foi um momento difícil que nós vivemos, mas depois da tempestade, [vem] a bonança”, disse.
Além de mencionar, de forma elogiosa, a liderança do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, no combate à pandemia, Bolsonaro ressaltou o papel da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) na “fundamental decisão de definir qual vacina deve ser apresentada de forma gratuita e voluntária para todos os brasileiros”.
Em vídeo exibido pouco antes, apareceram diversos logotipos de laboratórios que desenvolvem o imunizante, entre os quais o Instituto Butantan e a Sinovac.
“O ministro Paulo Guedes liberará nos próximos dias 20 bilhões de reais para comprarmos a vacina daquela empresa que se encaixar nos critérios de segurança e efetividade da nossa Anvisa. A todos os brasileiros, nesse momento de entendimento, de paz é que eu cumprimento a todos. Se Deus quiser, brevemente, estamos na normalidade”, previu.
Apesar do tom pacífico, a declaração vem um dia após comentários de Bolsonaro repercutirem negativamente em parte da opinião pública.
Reiterando em entrevista, outra vez, que não pretende se vacinar (“se eu pegar outra vez, o problema é meu”), o presidente aglomerou-se com populares e policiais em São Paulo, não obedecendo procedimentos de isolamento social recomendados em um momento que o país vive sua segunda onda de infecção. [2]
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