O regime venezuelano controlado pelo ditador Nicolás Maduro está endurecendo o cerco contra partidos de oposição. Uma decisão do Tribunal Supremo de Justiça, controlado por juízes ligados ao tirano, destituiu na última terça-feira (7) o comando do partido Vontade Popular, do autoproclamado presidente Juan Guaidó. [1]
A decisão nomeou uma junta diretiva composta por nomes que não eram ligados ao grupo político de Guaidó. Em nota enviada à imprensa, o partido classificou a medida como ilegítima e usurpadora.
[wp_ad_camp_1]
Para a sigla, os novos diretores do partidos “já haviam sido expulsos por seus comprovados vínculos com o regime de Maduro em casos de corrupção e suborno”.
A decisão é um revés porque, segundo o partido, a nova direção da sigla poderá usar nas eleições “logotipo, símbolos, emblemas e cores” da Vontade Popular. A Venezuela tem novas eleições parlamentares marcadas para dezembro. [2]
“Alertamos a comunidade internacional que esse ultraje é uma repetição dos ataques que já foram perpetrados contra os partidos Ação Democrática e Primeiro Justiça, em junho passado, perseguindo a dissolução dos partidos políticos que lutam diariamente para libertar a Venezuela do conglomerado criminoso liderado por Nicolás Maduro”, pontuou o Vontade Popular em nota.
A legitimidade do regime de Nicolás Maduro passou a ser questionada ou negada por diversos países, entre os quais Brasil, Estados Unidos, Argentina e França, em decorrência da controversa Assembleia Nacional Constituinte convocada em 2017. Para diversos os opositores, foi uma forma de driblar a legitimidade do parlamento controlado pela oposição.
Além disso, notícias de prisões políticas, desrespeito aos direitos humanos e cerceamento da liberdade de imprensa fizeram o país ser considerado uma ditadura por boa parte da comunidade internacional e veículos de imprensa tradicionais.
[wp_ad_camp_3]