
A China está dando sinais de que pode impor uma lei de segurança que, segundo os críticos, violaria a autonomia de Hong Kong. O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, reagiu na quarta-feira (3) ameaçando facilitar a imigração proveniente do território autônomo, em uma das maiores mudanças no sistema de vistos na história do Reino Unido. [1]
Hong Kong pertenceu aos britânicos, mas a devolução à China, finalizada em 1997 em cumprimento de um acordo firmado em 1984, foi feita com a condição de que fossem preservados por ao menos 50 anos o sistema capitalista e as liberdades individuais da região autônoma. Na concepção dos britânicos, a ameaça chinesa de impor a nova lei de segurança seria uma afronta aos termos do acordo, o que justifica uma atitude mais enérgica do governo de Johnson.
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“Muitas pessoas em Hong Kong temem que seu modo de vida, que a China prometeu defender, esteja ameaçado. Se a China justificar seus medos, a Grã-Bretanha não poderá, em sã consciência, encolher os ombros e se afastar; em vez disso, honraremos nossas obrigações e forneceremos uma alternativa”, prometeu Johnson, afirmando que a mudança permitiria a qualquer portador de passaportes britânicos em Hong Kong certas vantagens.
O imigrante poderia permanecer no Reino Unido por um período renovável por doze meses e teria direitos como o de trabalhar, pavimentando o caminho para a obtenção de uma cidadania completa. O Secretário para Assuntos Externos Dominic Raab disse que a imposição da lei de segurança seria uma “clara violação” às obrigações internacionais chinesas e que a China ainda tem tempo para “reconsiderar” seu comportamento.
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