
Pelo menos três autoridades da alta cúpula do governo celebraram, nesta terça-feira (31), o dia 31 de março – data em que teve o início o regime militar de 1964.
Saindo do Palácio da Alvorada e provocado por populares, o presidente Jair Bolsonaro rotulou a data como “dia da liberdade”. [1]
Nas redes sociais, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que “há 56 anos, as Forças Armadas intervieram na política nacional para enfrentar a desordem, subversão e corrupção que abalavam as instituições e assustavam a população”. [2]
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Na sequência, Mourão complementou que “com a eleição do General Castello Branco [para a presidência da República], iniciaram-se as reformas que desenvolveram o Brasil”.
Nota oficial
O ministro da Defesa, Fernando Azevedo, foi outro nome que se manifestou publicamente em nota divulgada no site do ministério para defender o regime militar iniciado no dia 31 de março de 1964.
“O Movimento de 1964 é um marco para a democracia brasileira. O Brasil reagiu com determinação às ameaças que se formavam àquela época. O entendimento de fatos históricos apenas faz sentido quando apreciados no contexto em que se encontram inseridos”, começa o texto, que reforçou que “enquanto a humanidade tratava os traumas do pós-guerra, outras ameaças buscavam espaços para, novamente, impor regimes totalitários”.
“Aquele foi um período em que o Brasil estava pronto para transformar em prosperidade o seu potencial de riquezas. Faltava a inspiração e um sentido de futuro. Esse caminho foi indicado”, conclui o texto, que aponta ainda que a data se tratou de um marco para a democracia brasileira “muito mais pelo o que evitou”. [3]
Debate sobre 1964
Em 2019, o Boletim da Liberdade organizou um debate sobre o episódio. De um lado, um defensor do movimento militar que levou à queda do ex-presidente João Goulart e, de outro, um liberal ligado ao Livres crítico ao episódio.
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