EUA alertam Reino Unido sobre risco de chineses na rede 5G, diz jornal
Jornal britânico ‘Financial Times’ destaca que os Estados Unidos consideram que Huawei pode trazer riscos até para o serviço secreto; no Brasil, presidente da empresa encontrou-se com Bolsonaro em novembro
- Publicado no dia

Os Estados Unidos estão mantendo em alerta aliados ocidentais como a Alemanha e o Reino Unido sobre o risco de a companhia chinesa Huawei ser autorizada a operar as bandas de 5G. Uma longa reportagem sobre o assunto foi publicada nesta terça-feira (24) no site do jornal britânico Financial Times. [1]
Segundo a publicação, a Casa Branca “intensificou as advertências ao Reino Unido”, destacando que uma eventual permissão à Huawei poderia por em risco, supostamente, até mesmo o funcionamento do serviço secreto britânico, além de comprometer segredos nucleares.
Em entrevista ao jornal, o consultor de segurança nacional dos Estados Unidos, Robert O’Brien, afirmou que os países não podem lidar com o 5G como se fosse apenas uma questão comercial. “Trata-se de uma decisão de segurança nacional”, alertou.
Os americanos têm defendido a aliados que a companhia chinesa seja totalmente proibida de operar a rede, e não apenas de parte dela.
Aliado de Donald Trump, O’Brien é um dos que advogam claramente que a companhia poderia dar amplo acesso ao governo chinês a informações sensíveis das pessoas, podendo “alvejar indivíduos para explorar suas esperanças e seus medos”.
A Huawei, por outro lado, afirma que não ajuda o governo chinês em qualquer gênero de espionagem.

Brasil
O Brasil deve realizar o primeiro leilão para concessão da tecnologia 5G no segundo semestre de 2020. Em novembro, o presidente Jair Bolsonaro reuniu-se no Palácio do Planalto com o presidente regional da Huawei e, após o encontro, revelou que a empresa mencionou o assunto o 5G na reunião. [2][3]
“Não foi feita a proposta, ele apenas mostrou que quer 5G no Brasil”, destacou o presidente.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, os Estados Unidos também estariam pressionando o Brasil a excluir a companhia chinesa do leilão. Apesar do alinhamento do atual governo com Trump, o país asiático é hoje o principal parceiro comercial do Brasil e afastar a companhia poderia trazer transtornos no campo econômico. [4]
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