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Trump acusa Brasil de desvalorizar moeda para ‘tirar proveito’ dos exportadores americanos

Declaração no Twitter do presidente norte-americano surpreendeu brasileiros; questionado por jornalistas ao sair do Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que se for o caso poderá ligar para Trump
(Foto: Isac Nóbrega/PR )

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(Foto: Isac Nóbrega/PR )

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou nesta segunda-feira (2) em sua conta no Twitter que vai restaurar as tarifas do aço e alumínio brasileiros e argentinos. A medida, para Trump, seria uma reação americana a uma suposta desvalorização proposital das moedas locais desses dois países. [1]

“O Brasil e a Argentina têm liderado uma desvalorização maciça de suas moedas, o que não é bom para os nossos agricultores. Portanto, como efeito imediato, restaurarei as tarifas de todos os aços e alumínio enviados para os EUA a partir desses países”, avisou Trump.

Na sequência, o presidente norte-americano defendeu que o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) aja para que os países “não aproveitem mais do nosso dólar forte” com mais desvalorização das moedas nacionais.

“Isso torna muito difícil para nossos fabricantes e agricultores exportar seus produtos de maneira justa”, reclamou.

Questionado por jornalistas sobre o assunto ao sair do Palácio da Alvorada ainda nesta manhã, o presidente Jair Bolsonaro prometeu conversar com o ministro da economia, Paulo Guedes, e até mesmo, se necessário, entrar em contato com o presidente Trump.

“Vou falar com o Guedes hoje. Alumínio? Vou falar com o Paulo Guedes agora. Vou conversar com o Paulo Guedes. Se for o caso, ligo para o Trump. Eu tenho um canal aberto com ele”, disse. [2]

Contexto

No final de agosto deste ano, os Estados Unidos flexibilizaram as importações destes produtos quando decidiu que companhias norte-americanas que negociarem aço do Brasil não precisariam pagar 25% a mais sobre o preço original desde que provem que há ausência de matéria-prima no mercado interno. O Brasil está entre os principais fornecedores de aço e ferro para os Estados Unidos.

Na última sexta-feira (29) a moeda norte-americana voltou a subir atingindo, em valores nominais (desconsiderando a inflação) o segundo maior nível desde a criação do real. O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,241, com alta de R$ 0,025 (+0,58%).

Com informações da Agência Brasil (Adaptado)

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