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‘Bolsonaro peca muito pelo liberalismo político’, critica Kim Kataguiri

Em entrevista a jornal, parlamentar e ativista do MBL afirmou que Bolsonaro "peca pelo liberalismo político" ao buscar "hegemonia na direita" e criticou baixa influência de Moro e nomeação de Aras para a PGR
Deputado federal Kim Kataguiri (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)
Deputado federal Kim Kataguiri (Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados)

O deputado federal Kim Kataguiri (DEM/SP) concedeu uma entrevista ao Jornal do Commercio na última sexta-feira (22) e, entre outros pontos, criticou duramente o governo do presidente Bolsonaro no combate à corrupção e no que chamou de liberalismo político.

Para corroborar a seu ponto de vista sobre o primeiro ponto, o parlamentar e ativista do MBL destacou a nomeação de Augusto Aras para a Procuradoria Geral da República (“é um petista, o que traz certa contradição a um presidente da República que se colocou como anti-esquerda”) e de André Luiz Mendonça como Advogado-Geral da União.

“[Trata-se da nomeação de um] ex-assessor do ministro Dias Toffoli para a Advocacia Geral da União e que o presidente Bolsonaro disse ser mais ‘supremável’ que o próprio ministro Sérgio Moro. Ou seja: a gente [que] tinha uma expectativa de mudança até na própria composição do Supremo, pois duas cadeiras devem vagar, mas uma delas estaria já comprometida com alguém com a linha de pensamento do ministro Dias Toffoli”, comentou.

Ao fim, Kataguiri também afirmou que “a figura do [ministro Sérgio] Moro está bastante esvaziada, bastante sem poder na esplanada dos ministério” e que não se vê a influência do ministro “nas decisões do presidente da República”.

“Uma das expectativas [que tínhamos] era que tivesse uma Lava Jato em relação a membros do Ministério Público e do Judiciário, que é a CPI da Lava Toga no Senado. O próprio filho do presidente da República [N.E.: Flávio Bolsonaro] não só não assinou, como articulou para que as assinaturas fossem retiradas, mesmo já tendo o número suficiente de assinaturas”, destacou.

Hegemonia 

Um dos pontos da entrevista também foi a crítica de Kim ao modo de liderar do presidente, que – segundo ele – busca a “hegemonia na direita”.

“Bolsonaro peca muito liberalismo político. Ele tenta ter uma hegemonia na direita que não é natural no liberalismo político. Ele tenta sufocar todas as lideranças de direita que tenham qualquer crítica ao governo, por meno que seja. Acho que, de maneira bastante semelhante ao que o Lula faz na esquerda”

Questionado sobre a expulsão de Arthur do Val do DEM, Kataguiri criticou a falta de democracia do partido, mas afirmou se tratar de uma situação diferente dos quadros políticos que foram alvo dos bolsonaristas.

“O DEM expulsou o Arthur [do Val] mas não demonizou, nem tentou assassinar a reputação, nem colocou ninguém para atacar o Arthur. O partido não queria mais ele lá dentro, ele também não estava satisfeito, e saiu”, pontuou.

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