fbpx

Bolsonaro diz que pai de presidente da OAB não foi morto pelo regime militar

Explicação do presidente veio horas após dizer de que contaria à Felipe Santa Cruz sobre o que teria acontecido com o pai dele; antes Bolsonaro queixou-se da atuação da OAB no caso Adélio Bispo
Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz (Foto: Divulgação)

Compartilhe

Fernando Santa Cruz, pai de Felipe Santa Cruz (Foto: Divulgação)

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta segunda-feira (29) que o desaparecimento do pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, não tem envolvimento dos militares. Fernando Santa Cruz, o pai do advogado, foi preso em 1974 por agentes do DOI-Codi no Rio de Janeiro, supostamente levado à São Paulo e, desde então, nunca regressado. Seu nome consta na lista oficial dos desaparecidos durante o regime militar. [1]

“O pai do Santa Cruz integrava a Ação Popular de Recife, o grupo terrorista mais sanguinário que existia. Esse pessoal tinha algumas ramificações pelo país e tinha uma grande no Rio de Janeiro. O pai dele, bastante jovem ainda, veio para o Rio de Janeiro. […] E o pessoal da AP [Ação Popular] no Rio de Janeiro ficaram (sic), primeiro, estupefatos: como pode esse cara vir de Recife para conversar conosco, aqui? O contato não seria com ele, mas sim com a cúpula da Ação Popular de Recife. Então, eles resolveram ‘sumir’ com o pai do Santa Cruz”, disse o presidente em transmissão ao vivo enquanto cortava o cabelo.

Leia também:  "Não resolve", diz Flávio Bolsonaro sobre impeachment de Moraes

Bolsonaro afirmou ainda que obteve essas informações de quem conversou na época, “oras bolas”. “Conversava com muita gente, eu estive na fronteira, conversava. Essa foi a informação que eu tive na época sobre esse episódio. […] Isso foi o que aconteceu. Mas não foram os militares que mataram ele não, tá? É muito fácil culpar os militares por tudo o que acontece”, opinou.

[wp_ad_camp_1]

A explicação advém após Bolsonaro, na manhã desta segunda (29), em outro momento, ter prometido “contar a Felipe Santa Cruz” sobre o que teria acontecido com o pai dele. A resposta, considerada grosseira, gerou reações na sociedade civil por ter envolvido a família de Santa Cruz, hoje filiado ao MDB, mas ex-militante do PT. A fala veio após o presidente queixar-se da atuação da OAB na apuração sobre o atentado cometido por Adélio Bispo. [2]

Leia também:  "Não resolve", diz Flávio Bolsonaro sobre impeachment de Moraes

“Por que a OAB impediu que a Polícia Federal entrasse no telefone de um dos caríssimos advogados? Qual a intenção da OAB? Quem é essa OAB? Um dia se o presidente da OAB quiser saber como é que o pai dele desapareceu no período militar, eu conto pra ele”, provocou, originalmente, o presidente.

Em nota, o presidente da OAB afirmou, após a primeira declaração, que era lamentável “um presidente que trata a perda de um pai como se fosse assunto corriqueiro — e debocha do assassinato de um jovem aos 26 anos”.  [3]

Rodrigo Saraiva Marinho, ex-presidente do Instituto Liberal do Nordeste e atualmente diretor legislativo da bancada do Partido Novo na Câmara dos Deputados, classificou a declaração de Bolsonaro como “completamente absurda e vergonhosa”. [4]

Leia também:  "Não resolve", diz Flávio Bolsonaro sobre impeachment de Moraes

[fbvideo link=”https://www.facebook.com/jairmessias.bolsonaro/videos/2386718028074515/” width=”920″ height=”” onlyvideo=”1″]

[wp_ad_camp_3]

Assine o Boletim da Liberdade e tenha acesso, entre outros, às edições semanais da coluna panorama

plugins premium WordPress
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?